quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

TEIMOSIA DE MULA

Teimosia de Mula  👎👎👎👎👀👀👀😖😖😖😖


Na Alemanha a Chanceler Merkel anunciou 31 de Março como data limite possível para o final do confinamento. Um confinamento rigoroso que fechou TODAS as escolas.


Em Portugal as escolas não vão fechar. O PM fez a vontade ao Ministro da Educação e a outros “inteligentes”que pululam à sua volta. 

Os argumentos têm tudo a ver com intuitos políticos e não têm a mínima validade científica.


Os mais jovens quando contraem a doença são normalmente assintomáticos ou têm formas ligeiras? Verdade.

Isso significa que não são contagiantes? Não há nenhum estudo que o prove.

A maioria dos países europeus confinados, para não dizer a totalidade, fechou as escolas.    São todos estrupidos. Inteligentes somos nós!


O PM avançou com outro argumento extraordinário: não pode sacrificar o sucesso desta geração de jovens!


Umas semanas de ensino à distância, ou mesmo sem aulas, sacrifica uma geração?


Senhor Primeiro Ministro, nenhuma geração é sacrificada por umas semanas sem escolaridade, que até poderia ser compensada com a ocupação com aulas nas férias da Páscoa. 


Senhor Primeiro Ministro, a sua geração teve que “gramar” com mais um ano escolaridade, o 12 ano, porque o Estado não teve outra forma de conter o acesso a Universidades impreparadas para a avalanche pós 25 de Abril (e esse ano suplementar nunca mais desapareceu, pois para justificar a sua conveniente perpetuação não faltaram os teóricos burocratas do ME). 


Não foi isso tirou qualidade e competitividade à sua geração de Portugueses. Portanto o argumento que utilizou é falacioso e demagógico.


Não Senhor Primeiro Ministro, as únicas consequências de manter todas as escolas abertas só podem ser duas: os agentes escolares, incluindo obviamente cerca de um milhão de jovens, só podem ajudar a agravar a pandemia, levando para casa - para país e avós - o vírus que está em todo lado. A segunda consequência, a mais benévola mas igualmente grave, será a de aumentar o índice de transmissibilidade em uma a duas décimas., ou seja transformar um confinamento de 3/4 semanas, num outro de 7/8 semanas. Com o sacrifício suplementar de uma economia em agonia.


Que autismo impediu o Conselho de Ministros olhar para os lastimáveis números do dia? Portugal foi “so”o segundo País do mundo com mais casos e mais óbitos por milhão de habitantes!


A decisão do Governo esquece que as escolas abertas significam mais umas centenas de milhar de adultos na rua. Professores, auxiliares de ação educativa, motoristas de transportes escolares, pais, e outros familiares.


E onde vai alimentar-se em segurança uma parte substancial desta população confrontada com cantinas a meio gaz e a restauração de proximidade fechada?


Só um cego é que não vê. 


As escolas não fecham porque o Ministro da Educação e o Governo sabem que a escola pública não foi preparoda pelo Estado para um novo confinamento, que colocaria a nu as suas debilidades. Pior, também ampliaria a visão das debilidades de uma parte da população fragilizada e empobrecida.

Igualmente porque querem poupar uns tostões da tal “bazuca” salvadora, pois alguns pais teriam que ser ressarcidos para poderem tomar conta dos seus filhos.


Ver-se ia que nada avançou em dez meses para consolidar a escola digital, que milhares de pais ainda têm na escola um amparo para alimentar os seus filhos e para assegurar que estão em segurança uma parte substancial do dia. 

Ver-se-ia que o “maldito e odiado” ensino privado, ao qual as crianças mais desprotegidas deviam poder ter acesso com o apoio do Estado, estão a anos luz à frente em termos de recursos (isto apesar do extraordinário esforço dos professores e restantes profissionais da escola púbica, que tanto lutam contra a maré),


Há uns dias escrevi que a tomar-se esta decisão era uma teimosia burra. Hoje retiro esse inteligente animal de cena. É mesmo teimosia de mula. Muito mais irracional e ininteligível.


PS - a crítica é extensível a uma oposição que assina de cruz, com grande “Sentido de Estado”!

Sem comentários:

Enviar um comentário