domingo, 5 de dezembro de 2021
INVESTIGUE-SE jornal Público
Amílcar Correia
Director-adjunto do jornal Público
Investigue-se
Há um discurso dúplice quando se fala da substituição das viagens de avião pelas viagens de comboios em distâncias de 500 quilómetros. Os responsáveis políticos da União Europeia e dos 27 Estados-membros fazem-no porque o ambiente ganha com esta troca, num contexto de alarme e de impasse, como vimos pela COP 26, e porque se trata de algo consensual e exigido pelas gerações mais jovens, para quem o activismo nesta área é a sua forma mais veemente de intervenção cívica e política.
O que fazer quando são necessárias 11 horas e três transbordos para percorrer na ferrovia os cerca de 600 quilómetros entre Lisboa e Madrid? Num caso como este, o comboio será sempre um suplício evitável. Mais: Alemanha, França e Espanha retiraram da lei dos direitos dos passageiros a obrigatoriedade do “bilhete único”, com o qual se pretendia facilitar a circulação de comboio entre países.
Quer saber mais? A ferrovia europeia é fragmentada, tem mais de 800 regras, que variam de país para país, e dominada por grandes empresas. O artigo Comboios: o grande descarrilamento europeu, que publicámos este domingo, é elucidativo sobre o tal discurso dúplice acerca da importância do comboio.
No PÚBLICO, trabalhamos a vários ritmos, para diferentes momentos de leitura. Acompanhamos Ao Minuto os solavancos da covid-19 ou as eleições directas no PSD, mas também oferecemos aos nossos leitores textos de maior profundidade, que reunimos nesta página de Exclusivos, e investigações dos nossos jornalistas sobre o que não sabíamos e todos deveríamos saber, como foi o caso deste último trabalho de Paulo Pena e Carlos Cipriano, desenvolvido em colaboração com o consórcio de jornalistas Investigate Europe.
Se leu o texto, talvez saiba que a investigação é um género de grande importância para nós. Se não o fez, clique aqui: Investigação PÚBLICO é uma página que reúne as mais recentes investigações dos nossos jornalistas e todas as outras que ao longo dos últimos anos contribuíram para que o jornal afirmasse a sua notoriedade e isenção. Não se iniba: pode subscrever os alertas desta página, e ser o primeiro a ler a próxima investigação, e partilhar connosco as suas sugestões. Pode falar sempre connosco através de investigacao@publico.pt. Investigue-se.
Amílcar Correia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário