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A
verdadeira e única Revolução
Por Prof. Dr. Luiz Machado, Ph. D. • segunda-feira, 27 de
fevereiro de 2012
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Quando
analisamos a história das revoluções, vemos que, teoricamente, elas foram
feitas para mudar completamente as instituições existentes com a bandeira de
“em benefício do povo”. Mas, em relação aos resultados obtidos, podemos dizer
que, na verdade, elas foram feitas pela disputa de poder que, depois de
conquistado, os vencedores não sabiam o que fazer com ele, a não ser desfrutar
das vantagens materiais e psicológicas (satisfação de ego, tentativa de
equilibrar personalidade patológica etc.) decorrentes.
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Em relação às mudanças que apregoavam, podemos usar a frase do
escritor e jornalista satírico francês Alphonse Karr (1808 -1890): plus ça
change, plus c’est la même chose. É isto mesmo: “quanto mais muda, mas fica a
mesma coisa”, pois o tal benefício ao povo não aparece. E por que acontece isso
com as revoluções? É porque a
verdadeira e única revolução nunca foi feita, pois essa tem de partir do
interior das pessoas e não está na forma de governo ou em “salvadores” de
pátrias. E sempre foi passado ao povo que as soluções dependiam de fora para
dentro, para justificar governos e os “salvadores”.
Tanto se falou e se fala que o povo terá isso e aquilo, tantas promessas de uma
vida digna, tudo em vão. Nada disso é realizado, mas o grupo detentor do poder
sempre tira suas vantagens.
Fui estudante universitário na década de 50, lutei, como líder estudantil,
pelas grandes causas do País, principalmente que as pessoas tivessem uma vida
digna, que nossas riquezas não fossem espoliadas. Quis sempre dar um sentido
elevado à minha vida. Participei ativamente da campanha “O petróleo é nosso”,
uma vez que interesses estrangeiros diziam que o Brasil não tinha petróleo e
que as reservas do mundo não durariam mais que trinta anos. Se assim fosse, por
volta de 1980, portanto há 27 anos, as reservas de petróleo no mundo teriam se
esgotado, conseqüentemente não valia a pena o Brasil procurar petróleo, como
eles diziam. Mas a luta pela existência da Petrobrás foi muito intensa,
principalmente por parte dos estudantes. Naquela época, quem defendia que as
pessoas tivessem uma vida digna e que o Brasil tinha petróleo era tachado de
comunista, com as conseqüências que isso trazia: fichamento na polícia política,
prisão e outros malefícios.
Muita água rolou nos anos subseqüentes. Muitos presos e muitos exilados. Muita
tristeza e depressão.
Em 1964, fui para os Estados Unidos, como professor/pesquisador, onde estive em
companhia do Prof. Anísio Teixeira, na Universidade de Colúmbia, em Nova York.
Ali, compartilhando dos conhecimentos desse mestre, comecei a entender por que
as revoluções não conseguiam seu ideário: porque o caminho estava errado. A
partir de então, passei a dedicar-me ao estudo do desenvolvimento das
potencialidades humanas como elemento de auto-realização, pensando no que seria
a verdadeira revolução. Comecei a estudar profundamente o cérebro humano para
entender a inteligência, a criatividade e o que motiva as pessoas a agir, como
se tivessem o vírus da realização.
Os estudos tornaram-se muito intensos. Fiz outros cursos, inclusive na
Alemanha, participei de palestras, compareci a muitos congressos, em vários
países, sempre fiel aos meus ideais de contribuir para que todos possam ter uma
vida digna e queria provar que a inteligência é algo que se aprende e que os
testes de Q.I. são uma farsa, uma tentativa de usar a ciência como instrumento
de dominação. Seria assim: aos inteligentes, tudo; aos não inteligentes, a
conformação. Compreendi que a dominação começava pelo fato de considerar que
uns poucos nascem inteligentes e os outros sem alcançar este estágio. Mas
concluí que a inteligência não existe isolada, ela é resposta a estímulos e
depende de vários fatores.
A dedicação a esses estudos prosseguia até que, em 1984, em congresso, em
Estocolmo, Suécia, lancei a Emotologia: um corpo de conhecimentos organizados
com base em elementos da biologia, principalmente no que concerne ao sistema
nervoso e ao sistema glandular endócrino, para promover o desenvolvimento das
potencialidades humanas como elemento de auto-realização.
Cunhei a palavra emotologia (do latim e(x), “para fora”, motio, “ação de mover”
e do grego -logos, “estudo de”) para dar um nome aos estudos e pesquisas que se
contrapõem à Sugestologia, sistema de ensino que usa sugestão em educação,
criado pelo psiquiatra búlgaro Georgi Lozanov, o qual pode conduzir à
manipulação de mentes, prática a que me oponho com veemência. O sentido técnico
da palavra sugestão é “colocar uma idéia na cabeça da pessoa sem que ela se dê
conta disso”. Aqui abro um parêntese para esclarecer que a mistura de duas ou
mais línguas para formar palavras novas não é incomum, haja vista a palavra
sociologia, formada pelo latim socius e pelo grego -lógos.
Publiquei, em seguida, o livro “O Segredo da Inteligência”, em linguagem
acessível, com o propósito de desmistificar aquilo que as pessoas sempre usaram
como um ponto de referência para discriminar pessoas. O raciocínio é: se todos
podem desenvolver sua inteligência, por que uns querem subjugar outros? A
inteligência tinha deixado de ser um assunto da ciência para tornar-se uma
ferramenta política.
O livro “O Segredo da Inteligência” está há algum tempo na Internet,
disponibilizado pela “Cidade do Cérebro”, para que qualquer pessoa tenha acesso
a ele, podendo fazer cópias gratuitas. Eu sempre pedi que quem pode deve fazer
cópias para presentear àqueles que não têm acesso à Rede. Até agora, cerca de
100.000 pessoas baixaram o livro.
Em 2007, no mês do professor, outubro, coloquei outro livro “A Única Saída”
para ser baixado, também gratuitamente, da Internet. Este livro é destinado
especialmente para pais e professores.
O propósito desses livros é divulgar os conhecimentos de Emotologia, que pode
ser considerada a verdadeira ciência do ser humano, pois o conhecimento e
prática do que neles se expõe liberta as pessoas para conseguirem seus
objetivos como resultado de desenvolverem suas potencialidades como elemento de
auto-realização.
Muita gente clama por mais educação, mas precisam saber que todos podemos
contribuir para que a educação fique ao alcance de todos. É preciso sim
preocupar-se com a disseminação de escolas, mas também precisamos discutir que
tipo de educação queremos. Sem dúvida, é preciso que o aluno aprenda a
aprender, aprenda a gostar de aprender, aprenda a desenvolver a inteligência e
a criatividade e aprenda o valor econômico do que aprende.
Os professores precisam tornar a aprendizagem significativa, isto é, que aquilo
que é ensinado tenha significado para o aluno e que cada item novo se ligue,
por sentido, ao que o aluno já sabe. Esse tipo de aprendizagem, que toca nas
raízes do conhecimento, é chamada de Aprendizagem Acelerativa.
A Emotologia, que precisa ser propalada o máximo que cada um puder, aplica-se a
todos os ramos do conhecimento, notadamente nas áreas de Educação,
Administração (abrangendo Engenharia, Economia e Ciências afins), Saúde
(Medicina, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Educação
Física e áreas correlatas); enfim, todos os setores que dependem da atuação dos
seres humanos, pois ela é um grupo de conhecimentos e uma prática de vida que
visam ao desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de
auto-realização, sendo mais eficaz que qualquer teoria de motivação.
Com a Formação em Emotologia, podemos ter pessoas que se dediquem inteiramente
a esse corpo de conhecimentos, como também outros profissionais que a
incorporem às suas atuações profissionais; por exemplo, professor emotólogo,
médico emotólogo, administrador emotólogo, psicólogo emotólogo, engenheiro
emotólogo, advogado emotólogo etc. desde que esses profissionais complementem
sua formação com a Emotologia.
Todos estão convidados a participar desta revolução silenciosa, sem tumultos,
sem armas, apenas com conhecimentos que tornam possível a eqüidade, ao
verdadeiro exercício da Democracia, em que todos tenham reais oportunidades.
A reprodução deste artigo é permitida desde que mencionada a
fonte.
Prof.
Dr. Luiz Machado, Ph. D.
Fundador da Cidade do
Cérebro® Ph.D. e Livre Docente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ), na qual foi coordenador do Programa Especial de Desenvolvimento da
Inteligência e da Criatividade (PEDIC), por 26 anos completados em 2003.
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