Entre 1878 e 1914 a ligação em transporte público entre a rotunda da Boavista e Matosinhos (via Foz do Douro) era feita por um veículo que podemos considerar o primeiro "metro de superfície" do país. Tratava-se de uma pequena locomotiva a vapor de dimensões urbanas, devidamente carroçada de forma a disfarçar o seu aspeto ferroviário, que puxava três ou quatro carruagens e circulava em carris pela via pública.
Saía da rotunda e descia a avenida da Boavista até à Fonte da Moura, onde infletia pela atual rua de Correia de Sá e seguia pela Ervilha até chegar a Cadouços (Foz do Douro) – onde existia uma estação. Daí prosseguia até ao Castelo do Queijo pelas ruas do Túnel e de Gondarém e entrava em Matosinhos pela rua de Roberto Ivens.
Com o prolongamento da avenida da Boavista até ao castelo do Queijo em 1914, a Companhia Carris de Ferro do Porto (que geria os transportes públicos em carris), apesar da oposição da Câmara Municipal do Porto, decidiu substituir a "máquina" por carros elétricos que passaram a descer a avenida até ao mar, sendo a antiga linha desativada.
Sem comentários:
Enviar um comentário