terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Também há Natais tristes! «CONTO DO ADMINISTRADOR DO BLOG

CLICAR NA IMAGEM PARA A AUMENTAR

 TAMBÉM HÁ NATAIS TRISTES.
Um pequeno conto de Natal
Estamos a 14 dias de 24.12.2019, e, precisamente por isso, dei comigo a pensar escrever algo sobre uma conversa que tive há alguns dias com um amigo de longa data que não via há uns tempos.
Recordamos muitos momentos vividos, e conferimos o ponto de situação das nossas famílias e o Natal que aí vem.
Eu sabia que ele tinha casado, pela igreja, e que tinha constituído uma família, com vários filhos e até diversos netos. Perguntei-lhe como ia ser o Natal dele.
Eis o que ele me contou: «Sabes, a vida dá muitas voltas, e pela primeira vez, estou muito desanimado com a falta de espírito do Natal, como havia antigamente.
O Natal era uma época, em que havia muito amor no coração, uma preocupação de fazer um presépio e uma árvore de Natal, com presentes que até nem eram caros, mas que eram oferecidos a pensar nos gostos e/ou utilidades, um a um, em que se faziam refeições apuradas, em que haviam rabanadas, sonhos, pudim de castanha, e em que havia boa disposição e alegria. Em que pensávamos nos pobres, e no prazer que havia em ajudá-los nesse dia especial.
Agora, a terceira geração pensa nos avós muito pouco, os Pais não os ensinam a amar os avós, eles são a “peste grisalha” os “kotas”, e não têm tempo para estar com eles.
Dentro da família, não se pratica usar o que o Papa actual, insiste em recuperar = OBRIGADO – DESCULPE - SE FAZ FAVOR, em que os filhos em vez de venerarem os Pais, faltam-lhes ao respeito e falam-lhes asperamente!
A tudo isso, a minha vida física e mental, vai tendo mais limitações, e uma coisa muito pior, já não tenho mulher! Estou sozinho».
E continuava ele:
«Neste quadro, como é que achas que eu posso ter um Natal feliz? Eu perdi o interesse pelo Natal, pelo convívio com outros, há muito egoísmo, muita falta de humildade, muito convencimento de muitos, muita recusa de outros em reconhecerem que estão a fazer muita coisa errada, praticando intensamente uma religião adulterada, falsa e hipócrita!
Nesse dia irei às campas dos meus entes queridos, conversar com eles demoradamente, referindo que respeitei o casamento católico que fiz, eduquei os meus filhos com amor e responsabilidade, em que procurei HONRAR PAI E MÃE. Depois, ao jantar, cômo qualquer coisa light, e deito-me muito cedo.».
Claro que tentei animá-lo, desviando a conversa para outros temas que sei que ainda se interessa, e, depois, lá nos despedimos com um forte abraço sentido.
Henrique Manuel de Almeida Cayolla
10 de Dezembro de 2019          

Sem comentários:

Enviar um comentário