Portefólio de Ana Baião
OCante alentejano é um modo de ser e estar na vida. Património cultural imaterial da Humanidade, é emoção, partilha de vivências, vozes, mas também imagens que nos ficam na memória.
Fotografar Cuba é fotografar o Cante, nos grupos corais ou espontâneo e informal, impossível de desassociar das tabernas e do vinho da talha - processo de vinificação desenvolvido pelos romanos, passado de geração em geração, e que ainda hoje perdura, apoiado, sem dúvida, nas vozes que só se calam quando o tragam.
Ana Baião capta o Cante alentejano desde 2015. Sente-o e olha-o pela sua lente como um poeta concebe poemas. É a sua causa, prova-o a obra, com dois livros sobre o tema. O primeiro intitula-se "Cante - Alma do Alentejo", o segundo "Cuba Cante - Tabernas e Talhas".
Neste último livro, apresenta-nos cerca de duzentas fotos, do “microclima” cubense, onde o cante é mais lento e arrastado, porque as terras do barro são duras de lavrar. Aqui é mais sofrido, profundo, talvez mais difícil para os ouvidos, porém, mais belo. E nem a Covid os parou.
Assim, a repórter dá-nos a conhecer a alma de um povo que se expressa cantando. E é tudo isto que se vê neste breve portfolio baseado na obra "Cuba Cante - Tabernas e Talhas", uma edição da Câmara Municipal de Cuba dedicada a duas das tradições mais antigas do concelho. Veja aqui algumas das fotos de Ana Baião no mês em que se assinala a eleição do cante alentejano como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
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