sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

João, o miúdo “tímido e tranquilo” da pequena aldeia serrana da Batalha que planeou um atentado na faculdade em Lisboa

SOCIEDADE “Nunca imaginaríamos uma coisa destas”:
No lugar de onde é natural, o rapaz de 18 anos é descrito como pouco sociável, humilde, um jovem que nunca causou problemas 09:47 11 Fevereiro, 2022 | Ricardo Venâncio (SIC), Hugo Franco, Rui Gustavo e Samuel Vaz (foto) João, o estudante de engenharia informática de 18 anos que foi detido pela Polícia Judiciária um dia antes de cometer um atentado na faculdade de Ciências, em Lisboa, é descrito pelos vizinhos na aldeia na Batalha onde mora a família e de onde é natural, como “um rapaz tímido, introvertido e pouco sociável”. As mãe de ex-colegas de escola do jovem, que é hoje ouvido por um juiz para decidir as medidas de coação, contam que ele “não arranjava problemas com ninguém”. E foi com “surpresa” que receberam a notícia de que foi preso por preparação de um ato terrorista. “Nunca imaginaríamos uma coisa destas.” A aldeia é composta por entre 30 e 50 casas, espalhadas pela serra. João andou na escola naquela freguesia e antes de ir para a faculdade estudou num estabelecimento de ensino na Batalha. A família é elogiada pelos vizinhos. “Nunca levantou problemas. É humilde também no trato.” Esta quinta-feira foi detido em casa, em Lisboa, depois de ter sido vigiado pela Polícia Judiciária desde o início da semana. No apartamento encontraram armas brancas, uma besta, gasolina e um plano operacional para matar colegas da faculdade, num dia marcado por vários exames. João ter-se-à inspirado nos massacres em escolas dos Estados Unidos. As autoridades portuguesas tinham recebido há uma semana uma informação do FBI (polícia federal norte-americana) sobre “atividades suspeitas na darkweb e nas redes sociais” por parte do jovem. Segundo fonte judicial, “deve sofrer de distúrbios mentais” e não terá tido quaisquer motivações religiosas ou raciais para planear o ataque, que deveria ser desencadeado na instituição em que estudava. Este caso começou por ser tratado pela PJ como um processo de ameaças, mas rapidamente evoluiu para um cenário de terrorismo após as buscas domiciliárias feitas na manhã desta quinta-feir

Sem comentários:

Enviar um comentário