terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
RICARDO SALGADO “Meritíssimo, eu não estou em condições de prestar declarações”. EXPRESSO - Diogo Cavaleiro
Expresso
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Ricardo Salgado. Foto: Getty Images
ECONOMIA, SOCIEDADE
“Meritíssimo, eu não estou em condições de prestar declarações. Foi-me atribuída uma doença de Alzheimer”: na estreia de Salgado em tribunal, o ex-banqueiro foi dizer que não consegue falar
Ricardo Salgado foi a tribunal na última das sessões de produção de prova no julgamento em que é acusado de três crimes de abuso de confiança, saído da Operação Marquês
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10:29 8 Fevereiro, 2022 | Diogo Cavaleiro
No âmbito do julgamento a práticas de abuso de confiança, por alegadamente se ter apropriado de 10,7 milhões de euros do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado foi a tribunal, ao contrário do que acontecera nas sessões anteriores. Porém, foi para explicar que não iria falar.
“Meritíssimo, eu não estou em condições de prestar declarações”, disse o ex-banqueiro ao juiz no Campus de Justiça, em Lisboa, ainda na fase de produção de prova do julgamento. Ricardo Salgado não tinha estado presente em nenhuma das sessões anteriores, graças às regras específicas para período de pandemia, e a defesa até pedira a suspensão do processo por sofrer de Alzheimer – sem sucesso.
Ora, questionado sobre por que não tinha condições para falar, Ricardo Salgado deu uma explicação no mesmo sentido: “Foi-me atribuída uma doença de Alzheimer”.
A ida a tribunal foi na sessão desta terça-feira, 8 de fevereiro, no âmbito do julgamento, sendo que após as palavras do banqueiro que durante 22 anos liderou o BES começou a fase das alegações finais. Em causa estão três crimes de abuso de confiança, por transferências realizadas (4 milhões; 2,75 milhões; e 4,9 milhões) através de contas na Suíça, mas de verbas que pertenceriam ao Banco Espírito Santo.
O Código Penal tipifica este crime quando alguém “ilegitimamente se apropriar de coisa móvel ou animal que lhe tenha sido entregue por título não translativo da propriedade”.
As imputações de abuso de confiança são aquelas que restaram depois da instrução levada a cabo pelo juiz de instrução Ivo Rosa na Operação Marquês. Para trás ficou a acusação da prática de crimes de corrupção ativa, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos e de fraude fiscal qualificada.
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