sexta-feira, 6 de maio de 2022
A Rússia levou-nos para um mundo desconhecido- NOTA do BLOG: A partir mais abaixo da frase "Os textos que se seguem..." dever-se-ia poder abrir os links!
mas não consegui a versão original, que daria acesso a cada texto! Assim, só com muita paciência e tempo, é que poderão pesquisar no Google, tema por tema. As nossas desculpas.
A Rússia levou-nos para um mundo desconhecido
06 MAIO 2022
EXPRESSO - DAVID DINIZ - DIRECTOR ADJUNTO
Não, não foi um mês fácil, antes de tensão. A guerra na Ucrânia já leva mais de dois meses e, com o passar do tempo, deixou-nos mais perto de um mundo novo. E não parece melhor, o que aí vem.
Os textos que se seguem são, assim, sugestões de leitura sobre o que se segue – textos que publicámos ao longo do último mês aqui no Expresso.
Analisámos o dilema do embargo à energia russa com Veli-Pekka Tynkkynen, investigador finlandês na área das políticas ambientais russas: “A este ritmo, quando a Europa cortar o gás e o petróleo russos, a Rússia já terá novos clientes. Não terá qualquer impacto na guerra”.
Aprofundámos a problemática das sanções, recorrendo a Rajan Meno, especialista em Ciência Política e Relações Internacionais: “O sucesso histórico das sanções não é significativo, mas os efeitos nas economias ocidentais... e são democracias, as pessoas votam”.
Discutimos a questão dos crimes de guerra com Keir Giles, especialista em questões de segurança e diretor de investigação do Centro de Estudos de Conflitos: “A Rússia sabe que a probabilidade de ser responsabilizada é muito remota”.
Fizemos um retrato à teia financeira de Moscovo, neste texto com um consórcio internacional: o sobrinho de um oligarca, um tatuador e 700 milhões de dólares em transferências secretas, rastreados até um aliado de Putin.
Levantámos o véu à muito próxima adesão à NATO da Suécia e Finlândia, medindo o grau de suscetibilidade, com Valery Shlyamin, ex-representante comercial da URSS num destes países. E diz ele: “A Rússia terá de responder adequadamente. A NATO é uma ameaça à segurança nacional”.
Falando em adesão, tivemos uma ajuda à reflexão de Daniel Oliveira, falando sobre a promessa à Ucrânia de entrada na UE: A Europa está a mentir aos ucranianos.
Sobre as divisões na própria Europa, a ajuda de outro cronista: Órban quer o mesmo que Putin (está escrito e dito).
E o que vem aí? Entrevistámos Oliver Letwin, autor de “China versus América”, que avisa: “É quase certo que a economia mundial se vai partir em dois blocos”. E recomenda: Para enfrentar a China (e a Rússia) é preciso agir como os golfinhos.
Estes são apenas pontos de partida para leituras que poderão ter ficado para trás, mas que seguramente vão marcar o mundo que sair desta guerra lá à frente no tempo.
Pelo meio, abril trouxe-nos outras notícias e histórias.
O caso dos ucranianos em Setúbal: quem é Igor Khashin, líder da comunidade russa.
O uso de máscara deixou de ser obrigatório (embora com estas duas exceções).
Uma discussão sobre a perda de poder de compra, que nos levou a este multimédia: Como se vive com o salário mínimo em Portugal? “Só dá para sobreviver”.
A despedida a Eunice Muñoz: “Estes 80 anos de palco que nos deu são para agradecermos e aplaudirmos”.
Entre outras, esta entrevista a um ex-jogador do FC Porto, agora pré-campeão nacional: “Quando cheguei ao FC Porto, os treinos pareciam guerra, tinha brigas, os jogadores saíam no soco às vezes. Eu olhava com admiração”.
E ainda esta deliciosa conversa com Luís Represas: “Alguém se chega ao pé do Cunhal e diz: ‘a rapaziada dos Trovante anda a portar-se mal’. E ele: “São jovens, deixa-os voar”.
A avaliar pelo mês que foi, terá sido a melhor coisa dita sobre o PCP em abril.
Veremos o que nos traz maio.
Tenha boas leituras, até breve.
David Dinis
ddinis@expresso.impresa.pt
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