Manuel Alegre traidor à Pátria confirmado por tribunal
Estes são os n/
políticos: traidores a pátria por diversas formas; esta foi uma delas.
PORQUE É QUE TODA A COMUNICAÇÃO SOCIAL NÃO FALA SOBRE
ESTE ASSUNTO?...
O Tribunal da Relação
confirmou a semana passada que Manuel
Alegre perdeu o processo por difamação que tinha interposto contra Brandão
Ferreira, um tenente-coronel aviador na reforma e cronista da
SÁBADO, que
o acusou de traição à Pátria durante
os anos em que foi uma das vozes da rádio Voz da Liberdade, em Argel. A
primeira instância criminal tinha absolvido o militar à luz da liberdade de
expressão, por entender que este tinha manifestado uma opinião sobre factos
históricos. O socialista e ex-candidato presidencial recorreu da decisão para a
instância superior, que agora se pronunciou.
A decisão da primeira instância criminal
tinha sido conhecida em Setembro de 2014. O caso remonta a 2010, quando o
antigo piloto-aviador assistiu a uma intervenção de Manuel Alegre num colóquio
da Gulbenkian sobre os antecedentes e o contexto internacional da guerra do
Ultramar. Na fase das perguntas, Brandão Ferreira, que estava na assistência,
colocou uma questão hipotética dirigida ao antigo resistente anti-fascista:
tendo Portugal forças em Cabul, como é que Manuel Alegre reagiria em relação a
alguém que fosse para o Afeganistão emitir textos para os talibãs e
apelando à deserção dos soldados portugueses?
Uns meses mais tarde, no seu blogue Novo Adamastor, acusou
Manuel Alegre, que já era candidato à Presidência da República, de traição à
Pátria, o que seria incompatível com o cargo de comandante supremo das Forças
Armadas: "Quando foi para Argel não se limitou a combater o regime,
consubstanciado nos órgãos do Estado, mas [foi] ajudar objectivamente as forças
políticas que nos emboscavam as tropas". Depois concluiu: "Traição
não tem assim que ver com ataques a pessoas, instituições ou sistemas
políticos, a não ser que os fins justifiquem os meios. Traição tem mais a ver
com carácter hombridade e ser-se inteiro".
Contactado pela SÁBADO, Manuel Alegre não quis
fazer comentários porque ainda não tinha tido conhecimento da decisão do
tribunal. Em Setembro, o socialista tinha considerado a sentença
"surpreendente" porque a "liberdade de expressão não permite
tudo, não permite o atentado ao bom nome e à dignidade das pessoas".
Brandão Ferreira afirmou à SÁBADO que mantém
a sua posição: "Penso que configura traição à Pátria, porque fez uma
guerra psicológica contra Portugal. Isto não tem a ver com a luta contra o
regime. Tem a ver com um País que está em guerra e uns tipos passam para o lado
do inimigo e isso tem um nome. Congratulo-me pela decisão e espero que faça
jurisprudência".
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