Assunto: Temos Gás Natural e ninguém diz
nada...!?
Temos Gás Natural e ninguém diz nada...!?
Por:
Fernando Tavares
Chegou-me via e-mail o seguinte:
"Num
altinho de Cabeça Gorda (acho que se chama assim), que fica entre Runa e
Matacães a 3Km de Torres Vedras, por volta de 1974 , esteve a ser
queimado durante mais de 2 meses gás natural. Ao fim de dois meses os
técnicos mandaram selar o poço . Na sequência disto, o Sr.Armindo
,presidente da Junta de Freguesia de Matacães, suicidou-se. Um dos
técnicos que esteve na análise deste poço já me confirmou que o gás
lá encontrado dava para o nosso país pelo menos para mais de 2OO anos.
O pai do Sr. Herman José foi um dos
técnicos alemães que por lá andou. É pena já ter falecido para poder ele
confirmar a história. Talvez o nosso humorista que tem boa memória
consiga confirmá-la se é que alguma vez o pai lhe falou nisso. Talvez
porque na altura da descoberta há quem diga que a Sacor é que mandou
selar ( Sacor depois GALP )
MAS.....o que mais me admira é ter
aparecido há meia dúzia de meses um(a) advogado(a) da Dª
Isabel dos Santos com interesse em comprar uns bocadinhos de terreno
mesmo encostadinhos à dita serra que
pertenciam ainda à minha bisavó . E o engraçado é que dizem que a Dª
Isabel já comprou uma quinta encostada a esses terrenos . Que
coincidência..ou há coisas que andam de dia e não se vêem."
Naturalmente, fui procurar alguma veracidade deste
caso e encontrei, entre várias informações, o seguinte: Instituto
Superior Técnico Caracterização de Formações da Bacia Lusitaniana (zona
emersa) para a produção de gás natural (não convencional) - Clicar no
>>>>> RELATÓRIO
Em resumo: 8. CONCLUSÕES
Concluiu-se, em primeiro lugar, que o gás
natural, a par do petróleo, é uma importante fonte de energia. É um
recurso abundante, mais limpo que os demais combustíveis fósseis e é
bastante competitivo no mercado energético. A prospecção e produção deste
recurso no nosso país constitui uma enorme mais valia económica,
tecnológica e social. Este facto materializa-se na redução da dependência
energética do exterior, criação de mais-valias para o estado (contratos
de concessões, royalties, entre outros), criação de emprego, introdução
de valências industriais e o incentivo à formação de quadros qualificados
para desempenhar as tarefas necessárias às operações de prospecção e produção.
Concluiu-se também que, para além de prospecção de
gás natural convencional, fará sentido, na zona emersa da bacia
Lusitaniana, realizar trabalhos mais aprofundados de prospecção deshale
gas e tight gas. À partida, quando se apresentam evidências de um recurso
convencional, como é claro nos poços estudados, aplicando a teoria do
triângulo de recursos, sabe-se que existem também em muito maiores
quantidades recursos não convencionais mas mais difíceis de produzir. No
caso específico do shale e tight gas, sabe-se que as litologias dos
reservatórios mais conhecidos internacionalmente são litologias que não
são estranhas à bacia Lusitaniana. Este facto é saliente quando se compara
com a bibliografia, resumidamente na Tabela 13.
Todas as litologias descritas da Bacia, nas formações estudadas (Brenha e
Candeeiros), enquadram-se perfeitamente no triângulo onde se “balizam os
reservatórios de shale e, por conseguinte, não é possível ignorar a
possibilidade de existência de reservatórios com tais características. Em
relação aos mapas criados, existe uma conclusão que se destaca, após ser
realizada a normalização dos volumes de vazios pela área: A zona 2,
situada no concelho de Alenquer, é a zona com maior índice de vazios por
área, o que significa que, quando interceptada por um poço vertical, é a
zona que terá um maior índice de vazios exposto ao referido poço e, como
tal, será provavelmente a área mais interessante a prospectar, sob este
ponto de vista.
Embora o volume de vazios seja um bom indicador da qualidade do
reservatório existem inúmeros outros parâmetros a ser considerados, mas
para os quais não dispomos de informação, como por exemplo o factor de
expansão do gás, pressão, temperatura, entre outros.
A produção de um qualquer bem está sujeita à lei da oferta e da procura.
O caso do gás não é diferente. As flutuações de preço, quer pela
conjuntura internacional quer do ponto de vista da sazonalidade, são
factores que afectam a produção ao ponto de a poderem tornar não
rentável. Este facto só é passível de ser contornado com uma capacidade
de armazenamento para posterior venda, quando o mercado se tornar mais
favorável. A produção de gás na bacia Lusitaniana tem como ponto forte a
possibilidade de comportar tal armazenamento. Este armazenamento pode ser
realizado em diapiros salinos que estão amplamente disseminados pela
bacia Lusitaniana, oferecendo uma maior estabilidade à eventual produção.
Finalmente, sugere-se um estudo mais aprofundado às potenciais rochas-mãe
existentes na bacia Lusitaniana, pois nelas jaz o potencial de poderem
ser simultaneamente rochas reservatório de shale gas e shale oil.
Também
encontrei esta situação que poderá ser um grande entrave para a exploração
directa do nosso GÁS. Clique: AQUI
Perguntar não ofende: Será que os
interesses comerciais da REN, são superiores ao INTERESSE NACIONAL?
QUE VERDADE É QUE HÁ NISTO !!!!!??????
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