A crise na Grécia - Uma visão diferente
Gustavo Cudell
Caro(a) Henrique,
Li recentemente na 'CICERO' - revista para cultura política de origem alemã - um artigo intitulado:
O "guião" para a crise na Grécia de Tomas Spahn: Tudo corre conforme planeado
O autor Tomas Spahn mostra uma perspetiva completamente diferente no que concerne à crise na Grécia e os objetivos dos seus protagonistas gregos (O primeiro-ministro Tsípras e o ministro das finanças Varoufakis).
Tsípras e Varoufakis, dois gregos e líderes da extrema esquerda grega SYRIZA, sabem que a verdadeira razão da crise ocidental (na Europa e nos EUA) é o não funcionamento do nosso sistema monetário com juros reais e positivos. Uma consequência deste sistema é que há cada vez mais dinheiro em circulação, mas que está concentrado em menos pessoas.
Isto pode-se ver pelo protagonismo cada vez maior dos bancos e o desaparecimento acelerado da classe média na nossa sociedade ocidental.
Varoufakis, muito inteligente e conhecedor profundo da 'Teoria dos jogos' de John Nash, juntamente com Tsípras, praticaram e continuam a praticar um jogo com a UE e o FMI, porque sabem que vão ganhar. O objetivo deles é destruir o sistema financeiro de Wall Street, destruindo primeiro o Euro e a UE e Wall Street seguirá mais tarde!
Indicadores disto são alguns factos e comportamentos:
Li recentemente na 'CICERO' - revista para cultura política de origem alemã - um artigo intitulado:
O "guião" para a crise na Grécia de Tomas Spahn: Tudo corre conforme planeado
O autor Tomas Spahn mostra uma perspetiva completamente diferente no que concerne à crise na Grécia e os objetivos dos seus protagonistas gregos (O primeiro-ministro Tsípras e o ministro das finanças Varoufakis).
Tsípras e Varoufakis, dois gregos e líderes da extrema esquerda grega SYRIZA, sabem que a verdadeira razão da crise ocidental (na Europa e nos EUA) é o não funcionamento do nosso sistema monetário com juros reais e positivos. Uma consequência deste sistema é que há cada vez mais dinheiro em circulação, mas que está concentrado em menos pessoas.
Isto pode-se ver pelo protagonismo cada vez maior dos bancos e o desaparecimento acelerado da classe média na nossa sociedade ocidental.
Varoufakis, muito inteligente e conhecedor profundo da 'Teoria dos jogos' de John Nash, juntamente com Tsípras, praticaram e continuam a praticar um jogo com a UE e o FMI, porque sabem que vão ganhar. O objetivo deles é destruir o sistema financeiro de Wall Street, destruindo primeiro o Euro e a UE e Wall Street seguirá mais tarde!
Indicadores disto são alguns factos e comportamentos:
·
Desde a vitória de Tsípras no referendo popular, na
Grécia, o governo grego esteve a negociar com a UE e o FMI durante meses e só
agora se veio a constatar que o governo grego não tinha plano B (O Grexit - a saída da Grécia do Euro)!?
·
Quando o parlamento em Atenas votou a nova austeridade
"imposta" por Bruxelas e a Troika e as leis foram
aprovadas, vê-se nas imagens dos media mainstream o primeiro ministro Tsípras muito bem disposto, a rir e a
cantar vitória??
·
Tsípras e Varoufakis disseram por diversas vezes que iriam implementar um plano
no qual não acreditam?!
·
Está-se a saber agora que as leis aprovadas no parlamento em
Atenas não correspondem ao acordado com os credores. Entretanto os credores já
transferiram 7.400 M€ de novos créditos de emergência !?
É o sistema monetário baseado em 'FIAT Money', dinheiro criado a partir
do nada e não baseado no ouro, que permite no nosso mundo ocidental que:
·
Políticos sem escrúpulos se financiem em banqueiros sem escrúpulos
para poderem mentir fazendo promessas eleitorais que sabem que nunca irão
cumprir
e que
·
Políticos do poder sem escrúpulos possam praticar guerras
planetárias infindáveis e banqueiros sem escrúpulos os financiam.
Se o nosso sistema
monetário fosse baseado no ouro, a quantidade de dinheiro é finita e ambas as
situações não seriam possíveis!
É a avidez insaciável do HOMEM que permite isto.
Karl Marx disse: “Os homens vão vender os pregos para fabricar os seus próprios caixões”!
Mas a humanidade está a mudar para mais espiritualidade e menos materialismo. Isto pode levar anos, talvez décadas, mas vai acabar por acontecer cada vez mais. As pessoas irão acabar por perceber isto!
Devemos praticar o BEM e não combater o MAL com violência. Devemos praticar o BEM connosco próprios, na nossa família, no nosso trabalho / empresa, com os nossos amigos, colegas e vizinhos.
Leia o artigo em anexo, ele é uma alternativa ao que vem publicado nos usuais media 'mainstream'!
Se este artigo despertou o seu interesse, encaminhe-o a todos os seus amigos e conhecidos.
Um abraço amigo,
Gustavo Cudell
É a avidez insaciável do HOMEM que permite isto.
Karl Marx disse: “Os homens vão vender os pregos para fabricar os seus próprios caixões”!
Mas a humanidade está a mudar para mais espiritualidade e menos materialismo. Isto pode levar anos, talvez décadas, mas vai acabar por acontecer cada vez mais. As pessoas irão acabar por perceber isto!
Devemos praticar o BEM e não combater o MAL com violência. Devemos praticar o BEM connosco próprios, na nossa família, no nosso trabalho / empresa, com os nossos amigos, colegas e vizinhos.
Leia o artigo em anexo, ele é uma alternativa ao que vem publicado nos usuais media 'mainstream'!
Se este artigo despertou o seu interesse, encaminhe-o a todos os seus amigos e conhecidos.
Um abraço amigo,
Gustavo Cudell
O guião de Syriza para a crise na Grécia: tudo
está a correr conforme o plano
De Tomas Spahn de 7 de Julho de 2015
(Tradução de Gustavo Cudell)
Como é pois agora o jogo, que Varoufakis concebeu? A Grécia não se afunda no caos. Cada movimento, qualquer recusa e qualquer ilusão de uma vontade de compromisso são bem ponderados e deliberados. O objectivo: a destruição da UE como um único espaço económico.
O altamente inteligente e em contraste com muitas considerações não "insano" jogo teórico do Varoufakis escreveram o guião para um grande jogo, que no final irá destruir a UE e abalar a Wall Street até ao seu âmago. O carismático Tsipras com o seu aparente charme de menino ingénuo assumiu aqui o papel principal.
É um guião pensado/maquinado com muita perfeição e com o objectivo de causar a falha do sistema financeiro mundial por si só. É um guião, onde a Europa e Grécia são apenas os meios para um fim.
Vejamos alguns factos fundamentais que são indispensáveis para a compreensão do plano Varoufakis.
1. A Grécia está tão altamente endividada, que estas dívidas numa perspectiva realista nunca serão pagas a 100 por cento, independentemente dos pacotes de resgate ou dos investimentos que sejam financiados.
2. A Grécia permanecerá incapaz economicamente por tempo indeterminado, para gerar apenas uma fracção do poder necessário e para assumir os seus próprios gastos diários na prosperidade europeia.
3. A Grécia não pode ser expulsa do Euro/da UE devido à falta de uma cláusula de saída. Na perspectiva grega, a alegada ameaça de Grexit não é senão um sedativo para o público.
4. O Euro sem a Grécia seria significativamente mais forte e mais estável. Mas falta a capacidade de afastar a Grécia.
5. Assim que a Grécia deixe de cumprir os seus empréstimos, o investimento do Euro pelo BCE deixará de fluir. O resultado é a ameaça existencial de grande parte da população até à agitação social.
Como é agora o jogo, que Varoufakis concebeu?
O primeiro acto entretanto já nos é familiar. Ele significa tempo. Não é como se esse tempo fosse pois curar ou quisesse curar alguma coisa. Mas poderia aproveitar esse tempo para preparar a população grega para o segundo acto. E ao mesmo tempo enganar os parceiros europeus, que são os adversários no primeiro campo de batalha deste jogo.
Distração e engano
Foi também um acto de distracção. Os adversários deveriam manter a impressão, tanto quanto possível, de que o novo governo grego estava interessado numa solução sistémica. Por isso Tsipras, aparentemente um rapaz estúpido, que se deixava guiar pela EU fora pela mão do chefe da UE, Jean-Claude Juncker, até aparecer como um demónio infantil, que proporcionou confiança à tão adulta Christine Lagarde de poder finalmente negociar com adultos.
Na verdade, o mimetismo grego funcionou na perfeição. Em todo o mundo se espalhou a ideia, que os dois gregos ainda não tinham compreendido as regras do mundo dos adultos. Mas eles entenderam. Melhor ainda do que aqueles que acreditavam jogar pelas mesmas regras. Só que eles tinham decidido estabelecer outras regras de jogo.
Uma delas era: engana o teu adversário enquanto podes “tirar o leite” através desse engano. A ilusão de uma vontade de compromisso, que mais uma vez manteve viva até ao último momento através da apresentação tardia das "propostas de reforma dos gregos", assegurou que o BCE prolongasse a agonia dos bancos gregos falidos com a injeção de dinheiro fresco. A ”Madame FMI” concedeu às crianças no início de Junho mais um mês para serem crescidos.
Os dois gregos brincaram com as instituições e com os seus representantes. E eles referiam-se à Wall Street e aos Estados Unidos.
Capital financeiro mundial como a origem de todo o mal
O alvo ainda válido do governo Syriza é a destruição da UE como espaço económico único. Não porque temem a própria UE como um espaço económico, mas porque para eles, a UE é nada mais do que a construção do polvo do mundo financeiro dos EUA para manter a dependência colonial, imposta aos europeus em 1946. A política monetária do BCE, UE e FMI é a arma que impede os políticos de esquerda para a inevitável vitória sobre o capital da história universal.
Tsipras e Varoufakis une a ideia do banco privado controlado pelo FED (Federal Reserve Bank), como o instrumento responsável do imperialismo global dos EUA para as derrotas do socialismo. A preocupação dos dois gregos não é angariar facilidades para o seu povo. A ideia dos dois gregos é libertar este povo das amarras dum sistema monetário mundial, que quer governar o mundo a partir dos bastidores de Wall Street. Ambos os actores seguem sem limites a doutrina segundo a qual o capital financeiro do mundo é a fonte de todo mal. E estão totalmente convencidos de terem encontrado no Euro a alavanca para por este sistema odioso em colapso.
Por isso nunca pode haver um acordo entre a Grécia e os investidores de capitais. E por isso a Grécia nunca pode deixar a zona Euro. Por isso, ao mero anúncio de uma Grexits forçada, Varoufakis salientou inviabilizar por processo legal.
Pois os dois actores principais sabem que: a UE não pode deixar as pessoas gregas morrer à fome. Haverá sempre dinheiro suficiente para não deixar a Grécia escorregar no caos absoluto.
Modelo de recusa grego
Pretende-se que os gregos com base num agora inevitável nível de vida muito menor, cultivem reflexos mordazes revolucionários e anticapitalistas. Pretende-se assim, que surjam outros conflitos em outros estados membros da UE entre a população e os políticos. Como uma bolha de pus duradoura no corpo da Europa, o modelo grego de recusa deve servir como exemplo aos povos subjugados/oprimidos pelo capital do mundo.
Assim, não só a Europa deve ser levada à autodestruição - no fim o inimigo mortal os EUA será também atingido. Pois o Euro e o Dólar são instrumentos do mesmo sistema: a fé capitalista ao serviço do dinheiro, o qual existe cada vez mais e que está concentrado em cada vez menos pessoas.
Tsipras e Varoufakis estão convencidos de que a sua luta contra o capitalismo de Wall Street é justa. Estão convencidos, de que será bem sucedido, se eles conseguirem manter a Grécia no Euro e forçar a Europa a subsidiar a longo prazo o seu estado enfermo. Sonham em ajudar o Marxismo para o sucesso final após a sua fase de fraqueza no final do século XX.
Apoio de Putin
Os dois gregos têm boas chances de alcançar o seu objetivo. Porque com a sua peça de teatro conseguiram, apesar da pouca experiência política e como iniciantes, enganar perfeitamente os europeus e americanos – asseguraram-se com o apoio de Vladimir Putin, que também persegue o objectivo da destruição da economia global gerida pelos EUA.
BCE e o Euro devem perecer por si próprios. Devem humilhar globalmente o sistema financeiro dos EUA e apontar a alternativa de recusa aos povos subjugados/oprimidos pelo FMI.
O “OXI” (não) dos gregos para as exigências da UE também mudou pouco, assim como a demissão de Varoufakis. Pelo contrário, é de esperar que o jogo continuará também depois da demissão do Varoufakis. Novamente haverá - agora sem o economista na vanguarda - o jogo do gato e do rato já familiar entre os rivais. E seguindo o padrão bem conhecido, as causas para o maior agravamento da situação dos gregos serão da culpa dos europeus e do capital mundial dos EUA.
Quem pensa que a demissão de Varoufakis mudará a incapacidade induzida deliberadamente para a resolução do problema, não compreendeu o jogo. O teórico do jogo retirou-se da primeira fila, para sugerir aos adversários novas expectativas. E assim atrai-os ainda mais para dentro da armadilha, na qual eles foram apanhados já há muito tempo.
Link para o artigo original
(Tradução de Gustavo Cudell)
Como é pois agora o jogo, que Varoufakis concebeu? A Grécia não se afunda no caos. Cada movimento, qualquer recusa e qualquer ilusão de uma vontade de compromisso são bem ponderados e deliberados. O objectivo: a destruição da UE como um único espaço económico.
O altamente inteligente e em contraste com muitas considerações não "insano" jogo teórico do Varoufakis escreveram o guião para um grande jogo, que no final irá destruir a UE e abalar a Wall Street até ao seu âmago. O carismático Tsipras com o seu aparente charme de menino ingénuo assumiu aqui o papel principal.
É um guião pensado/maquinado com muita perfeição e com o objectivo de causar a falha do sistema financeiro mundial por si só. É um guião, onde a Europa e Grécia são apenas os meios para um fim.
Vejamos alguns factos fundamentais que são indispensáveis para a compreensão do plano Varoufakis.
1. A Grécia está tão altamente endividada, que estas dívidas numa perspectiva realista nunca serão pagas a 100 por cento, independentemente dos pacotes de resgate ou dos investimentos que sejam financiados.
2. A Grécia permanecerá incapaz economicamente por tempo indeterminado, para gerar apenas uma fracção do poder necessário e para assumir os seus próprios gastos diários na prosperidade europeia.
3. A Grécia não pode ser expulsa do Euro/da UE devido à falta de uma cláusula de saída. Na perspectiva grega, a alegada ameaça de Grexit não é senão um sedativo para o público.
4. O Euro sem a Grécia seria significativamente mais forte e mais estável. Mas falta a capacidade de afastar a Grécia.
5. Assim que a Grécia deixe de cumprir os seus empréstimos, o investimento do Euro pelo BCE deixará de fluir. O resultado é a ameaça existencial de grande parte da população até à agitação social.
Como é agora o jogo, que Varoufakis concebeu?
O primeiro acto entretanto já nos é familiar. Ele significa tempo. Não é como se esse tempo fosse pois curar ou quisesse curar alguma coisa. Mas poderia aproveitar esse tempo para preparar a população grega para o segundo acto. E ao mesmo tempo enganar os parceiros europeus, que são os adversários no primeiro campo de batalha deste jogo.
Distração e engano
Foi também um acto de distracção. Os adversários deveriam manter a impressão, tanto quanto possível, de que o novo governo grego estava interessado numa solução sistémica. Por isso Tsipras, aparentemente um rapaz estúpido, que se deixava guiar pela EU fora pela mão do chefe da UE, Jean-Claude Juncker, até aparecer como um demónio infantil, que proporcionou confiança à tão adulta Christine Lagarde de poder finalmente negociar com adultos.
Na verdade, o mimetismo grego funcionou na perfeição. Em todo o mundo se espalhou a ideia, que os dois gregos ainda não tinham compreendido as regras do mundo dos adultos. Mas eles entenderam. Melhor ainda do que aqueles que acreditavam jogar pelas mesmas regras. Só que eles tinham decidido estabelecer outras regras de jogo.
Uma delas era: engana o teu adversário enquanto podes “tirar o leite” através desse engano. A ilusão de uma vontade de compromisso, que mais uma vez manteve viva até ao último momento através da apresentação tardia das "propostas de reforma dos gregos", assegurou que o BCE prolongasse a agonia dos bancos gregos falidos com a injeção de dinheiro fresco. A ”Madame FMI” concedeu às crianças no início de Junho mais um mês para serem crescidos.
Os dois gregos brincaram com as instituições e com os seus representantes. E eles referiam-se à Wall Street e aos Estados Unidos.
Capital financeiro mundial como a origem de todo o mal
O alvo ainda válido do governo Syriza é a destruição da UE como espaço económico único. Não porque temem a própria UE como um espaço económico, mas porque para eles, a UE é nada mais do que a construção do polvo do mundo financeiro dos EUA para manter a dependência colonial, imposta aos europeus em 1946. A política monetária do BCE, UE e FMI é a arma que impede os políticos de esquerda para a inevitável vitória sobre o capital da história universal.
Tsipras e Varoufakis une a ideia do banco privado controlado pelo FED (Federal Reserve Bank), como o instrumento responsável do imperialismo global dos EUA para as derrotas do socialismo. A preocupação dos dois gregos não é angariar facilidades para o seu povo. A ideia dos dois gregos é libertar este povo das amarras dum sistema monetário mundial, que quer governar o mundo a partir dos bastidores de Wall Street. Ambos os actores seguem sem limites a doutrina segundo a qual o capital financeiro do mundo é a fonte de todo mal. E estão totalmente convencidos de terem encontrado no Euro a alavanca para por este sistema odioso em colapso.
Por isso nunca pode haver um acordo entre a Grécia e os investidores de capitais. E por isso a Grécia nunca pode deixar a zona Euro. Por isso, ao mero anúncio de uma Grexits forçada, Varoufakis salientou inviabilizar por processo legal.
Pois os dois actores principais sabem que: a UE não pode deixar as pessoas gregas morrer à fome. Haverá sempre dinheiro suficiente para não deixar a Grécia escorregar no caos absoluto.
Modelo de recusa grego
Pretende-se que os gregos com base num agora inevitável nível de vida muito menor, cultivem reflexos mordazes revolucionários e anticapitalistas. Pretende-se assim, que surjam outros conflitos em outros estados membros da UE entre a população e os políticos. Como uma bolha de pus duradoura no corpo da Europa, o modelo grego de recusa deve servir como exemplo aos povos subjugados/oprimidos pelo capital do mundo.
Assim, não só a Europa deve ser levada à autodestruição - no fim o inimigo mortal os EUA será também atingido. Pois o Euro e o Dólar são instrumentos do mesmo sistema: a fé capitalista ao serviço do dinheiro, o qual existe cada vez mais e que está concentrado em cada vez menos pessoas.
Tsipras e Varoufakis estão convencidos de que a sua luta contra o capitalismo de Wall Street é justa. Estão convencidos, de que será bem sucedido, se eles conseguirem manter a Grécia no Euro e forçar a Europa a subsidiar a longo prazo o seu estado enfermo. Sonham em ajudar o Marxismo para o sucesso final após a sua fase de fraqueza no final do século XX.
Apoio de Putin
Os dois gregos têm boas chances de alcançar o seu objetivo. Porque com a sua peça de teatro conseguiram, apesar da pouca experiência política e como iniciantes, enganar perfeitamente os europeus e americanos – asseguraram-se com o apoio de Vladimir Putin, que também persegue o objectivo da destruição da economia global gerida pelos EUA.
BCE e o Euro devem perecer por si próprios. Devem humilhar globalmente o sistema financeiro dos EUA e apontar a alternativa de recusa aos povos subjugados/oprimidos pelo FMI.
O “OXI” (não) dos gregos para as exigências da UE também mudou pouco, assim como a demissão de Varoufakis. Pelo contrário, é de esperar que o jogo continuará também depois da demissão do Varoufakis. Novamente haverá - agora sem o economista na vanguarda - o jogo do gato e do rato já familiar entre os rivais. E seguindo o padrão bem conhecido, as causas para o maior agravamento da situação dos gregos serão da culpa dos europeus e do capital mundial dos EUA.
Quem pensa que a demissão de Varoufakis mudará a incapacidade induzida deliberadamente para a resolução do problema, não compreendeu o jogo. O teórico do jogo retirou-se da primeira fila, para sugerir aos adversários novas expectativas. E assim atrai-os ainda mais para dentro da armadilha, na qual eles foram apanhados já há muito tempo.
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