KRUGMAN – Economista premiado com um Nobel.
A
favor do "não" no referendo grego
Sobre o referendo grego, Krugman continua a defender o voto no "não".
Em caso de vitória do "sim", o que representa uma cedência às
exigências dos credores, os gregos estariam simplesmente "a dar poder
e coragem aos arquitectos do falhanço da Europa", diz
Na sua opinião, "os credores já
demonstraram a sua força e capacidade de humilhar quem desafiar as suas
exigências de austeridade sem fim e vão continuar a defender que o desemprego
em massa é o único caminho".
A vitória do "não" abre um período
de incerteza. É verdade que a Grécia entrará "em terreno assustador e
desconhecido" e pode, até, ter de sair do euro. No entanto, diz Krugman,
este cenário oferece ao país "uma hipótese real de recuperação" e
representará um choque "para as elites europeias".
A concluir, Krugman faz um apelo directo ao
"não". "É razoável temer as consequências de um voto no 'não',
uma vez que ninguém sabe o que virá a seguir. Mas deveriam temer ainda mais as
consequências de um voto no 'sim', pois nesse caso já todos sabemos o que se
segue: mais austeridade, mais desastres e eventualmente uma crise muito pior do
que aquela que vivemos agora".
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