sábado, 19 de março de 2022
Mais rápidos do que o som e impossíveis de neutralizar: como atacam os mísseis hipersónicos que a Rússia diz ter usado
Mais rápidos do que o som e impossíveis de neutralizar: como atacam os mísseis hipersónicos que a Rússia diz ter usado
Pedro Falardo
Hoje às 09:37
Mísseis que a Rússia diz ter utilizado superam velocidade de 12 mil quilómetros por hora. Não há qualquer sistema de defesa antiaérea que os consiga neutralizar
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou este sábado que a Rússia usou mísseis hipersónicos Kinzhal para destruir um depósito de mísseis e munições em Deliatyn, perto de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia. A BBC assegura que é a primeira vez que a Rússia admite usar este tipo de armamento em combate.
Os mísseis hipersónicos podem viajar entre cinco a 25 vezes mais rápido do que a velocidade do som. Atualmente, não há nenhum sistema de defesa antiaérea que consiga neutralizar este tipo de mísseis, pelo que vários países, como os Estados Unidos, a China e a própria Rússia, têm investido fortemente no desenvolvimento deste tipo de armamento.
No caso dos mísseis Kinzhal, a sua velocidade é Mach 10 (cerca de 12,346 km/h). Estes mísseis fazem parte de um pacote de seis armas estratégicas anunciadas por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em 2018. Têm um alcance máximo de cerca de 3000 quilómetros, variando consoante o tipo de avião em que são transportados, e foram concebidos para atingir navios e sistemas de defesa antiaérea da NATO.
A 7 de fevereiro, cerca de duas semanas antes do início da invasão da Ucrânia, vários meios de comunicação especializados e a revista Forbes reportaram que a Rússia transferiu vários caças MiG-31 equipados com mísseis Kinzhal do continente para Kaliningrado, território russo entre a Polónia e Lituânia junto ao Mar Báltico, mais concretamente para a base naval de Chernyakhovsk. Estes relatos não foram, contudo, confirmados.
Este sábado, o Ministério da Defesa russo garantiu também ter destruído centros de rádio e reconhecimento perto da cidade de Odessa, reporta a Interfax, usando mísseis costeiros de defesa.
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