CARTA ABERTA A ANTÓNIO COSTA, SECRETÁRIO-GERAL DO
PARTIDO SOCIALISTA.
Porto, 30 de Setembro de 2015
Já tencionava escrever-lhe esta carta antes das eleições,
mas de hoje é que resolvi não
passar, ao ver na minha caixa de correio, a propósito das
próximas eleições, um infomail seu que lá me fez chegar.
Certamente que já reparou que no início não o trato por
Snr.,já que, por um lado, com a minha idade, podia ser seu Pai, e por outro
lado, o uso de tal termo, pressupõe uma reverência e um respeito que por si não
tenho.
Já a forma como me trata na circular em causa, CARO
AMIGO, não a aceito, porque não sou seu amigo, nem caro.
Quanto ao teor da circular em causa, transcrevo algumas breves
passagens, para depois as comentar:
1 – Nos
últimos quatro anos de governação de direita, as famílias portuguesas perderam
empregos, casas, sonhos,….e a esperança no futuro do país.
E porque esquece os anos de governação anteriores, orientados
pelo seu amigo José, que lançaram o país num atoleiro, mesmo à beira da
bancarrota? E, até pessoalmente,
não foi Secretário de Estado, e até Ministro de três pastas?
Acha que está isento de culpas?
2 – Portugal
precisa de um governo PS. Votar PS no próximo dia 4 é escolher um futuro
melhor.
No PS acreditamos…No PS acreditamos….No PS
acreditamos….
Em três parágrafos vai buscar esta frase para expor os seus
pontos de vista.
Mas os portugueses que não sejam imbecilizados ou
resignados, seus familiares ou dependentes de mordomias, é que não acreditam em
si e no PS!
É preciso não ter vergonha na cara, para tão pouco tempo
depois do sismo que provocaram no país, virem apresentar-se como candidatos a
governantes!
No seu caso pessoal e no do seu partido, se houvesse uma
noção da realidade, faziam uma travessia do deserto de 10 anos, e só depois, com
pezinhos de lã, é que apareceriam!
3 – É
tempo de confiança.
É nestes termos que termina a sua circular. Não, não é tempo
de confiança!
É mas é tempo de desconfiança, nos portugueses das sua
estirpe, que não olham a meios para alcançar o poder, hipnotizados pela glória
pessoal, pela vaidade, pelas mordomias,
pela perspectiva de contactos com os políticos mais
poderosos do mundo, etc, etc.
Ou quer convencer-nos que o seu objectivo é apenas servir o
país e os seus cidadãos?
Não, Portugal, não precisa de uns políticos assim.
Isto é apenas uma achega do muito que haveria a dizer, sobre
o mal que o PS fez ao país, e agora apresentar-se, angelicamente, como salvador da pátria, mas isso daria para dois
ou três livros.
Tenho dito
Henrique de Almeida Cayolla
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