quarta-feira, 2 de março de 2022
Mais de 400 mercenários russos com ordens do Kremlin para assassinar presidente ucraniano
Mais de 400 mercenários russos com ordens do Kremlin para assassinar presidente ucraniano
CNN Portugal , HCL
28 fev, 04:13
Zelensky recusa-se a negociar paz em Minsk
Zelensky recusa-se a negociar paz em Minsk
Notícia foi avançada pelo jornal britânico Times esta segunda-feira. O objetivo é decapitar o governo de Kiev
Mais de 400 mercenários russos estão a operar em Kiev com ordens do Kremlin para assassinar o presidente Zelensky e membros do seu governo, preparando o terreno para que Moscovo assuma o controlo da Ucrânia, noticia o jornal britânico Times.
O Grupo Wagner, uma milícia privada dirigida por um dos aliados mais próximos do presidente Putin e a operar como um braço do Kremlin, trouxe mercenários da África há cinco semanas numa missão para decapitar o governo de Zelensky em troca de um bónus financeiro.
Informações sobre a missão dos mercenários chegaram ao governo ucraniano na manhã de sábado e horas depois, Kiev declarou uma ordem de recolher obrigatório de 36 horas para varrer a cidade em busca de sabotadores russos, alertando os civis que corriam o risco de serem “liquidados” se forem vistos nas ruas da capital.
A notícia surge depois da Ucrânia ter iniciado este sábado um processo contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)), acusando Moscovo de planear um genocídio e apelando a uma intervenção para travar a invasão e ordenar à Rússia que pague indemnizações.
O caso aberto por Kiev no mais alto tribunal das Nações Unidas, com sede em Haia, pede a adoção de "medidas provisórias" e que se ordene a Moscovo que "suspenda imediatamente as operações militares" que foram lançadas a 24 de fevereiro, indicou a instituição.
A Rússia iniciou a sua invasão da Ucrânia com base em "falsas alegações" de atos de genocídio nas regiões de Luhansk e Donetsk, no Donbass, no leste da Ucrânia, alega Kiev no processo, em que acusa, por seu turno, Moscovo de planear atos genocidas na Ucrânia.
A Ucrânia "nega veementemente que o genocídio tenha ocorrido nas regiões do leste" e diz que apresentou o caso "para que fique provado que a Rússia não tem base legal para tomar medidas dentro e contra a Ucrânia com o propósito de prevenir e punir qualquer suposto genocídio", referiu o tribunal em comunicado.
O tribunal, criado em 1946 para resolver disputas entre Estados, vai marcar uma audiência para ouvir o pedido de medidas provisórias, mas não especificou uma data.
As sentenças do Tribunal Internacional de Justiça são vinculativas e sem apelo, mas o tribunal não tem meios para forçar a sua execução.
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