sábado, 6 de agosto de 2022

Central nuclear de Zaporíjia não explodiu "por milagre". Há um risco alto de "fuga de hidrogénio e pulverização radioativa - OBSERVADOR

Central nuclear de Zaporíjia não explodiu "por milagre". Há um risco alto de "fuga de hidrogénio e pulverização radioativa" Kiev e Moscovo trocam acusações e culpas pelo incidente, enquanto que regulador nuclear estatal da Ucrânia aponta um risco alto de "incêndio", "fuga de hidrogénio e pulverização radioativa". Podolyak apelou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) para que "exijam a retirada das tropas russas da central nuclear, entregando o controlo a uma comissão especial” ▲Podolyak apelou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) para que "exijam a retirada das tropas russas da central nuclear, entregando o controlo a uma comissão especial” A central nuclear de Zaporíjia — a maior da Europa, com seis reatores, no sul da Ucrânia — foi novamente bombardeada e por duas vezes, na madrugada de sexta-feira. Como consequência deflagrou um incêndio, entretanto extinto pelos bombeiros. Kiev e Moscovo trocam acusações e culpas pelo incidente. O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, considerou, este sábado, que “por milagre” não aconteceu um desastre na Europa, com a explosão da central nuclear de Zaporíjia, apontando também “provocações perigosas” por parte da Rússia. O novo ataque russo reaviva memórias e dispara o alarme para a possibilidade de se repetir o que aconteceu em Chernobyl, em 1986, com a explosão de um reator, que provocou um grau de devastação sem precedentes, com consequências que ainda perduram mais de três décadas depois. Esta manhã na Europa tornou-se possível apenas porque a central nuclear de Zaporíjia milagrosamente não explodiu ontem. A Federação Russa apoderou-se dela e está a encenar provocações perigosas ali”, disse o conselheiro presencial ucraniano, na rede social Twitter. Podolyak apelou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) para que “exijam a retirada das tropas russas da central nuclear, entregando o controlo a uma comissão especial. O regulador nuclear estatal da Ucrânia— Energoatom —, que controla a central nuclear de Zaporíjia, alertou que como consequência do ataque há um risco alto de “incêndio”, “fuga de hidrogénio e pulverização radioativa“, citado pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent. Entretanto, Kiev e Moscovo trocam acusações e culpas pelo incidente. Os russos dizem que o ataque teve mão ucraniana. Já os ucranianos, segundo a rede de televisão France 24, acusam a Rússia de encenar o ataque em jeito de “provocação” e de armazenar armas pesadas na fábrica que ocupam. A União Europeia condenou a Rússia, este sábado numa publicação na rede social Twitter, sobre o que chamou de “atividade militar em torno da fábrica”. O chefe de relações exteriores da União Europeia, Josep Borrell, pediu que as forças russas abram o acesso ao órgão de vigilância nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atómica, à usina. A UE condena as atividades militares da Rússia em torno da usina nuclear #Zaporizhzhia”, escreveu o principal diplomata do bloco, Josep Borrell, no Twitter. “Esta é uma violação séria e irresponsável das regras de segurança nuclear e outro exemplo do desrespeito da Rússia pelas normas internacionais.” As tropas russas conquistaram, em março, a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, através de um primeiro ataque, que continua a ser gerida por funcionários ucranianos.

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