terça-feira, 23 de agosto de 2022

Líderes mundiais discursam na Plataforma da Crimeia para deixar mensagem a Putin: "A Crimeia é parte da Ucrânia, não da Rússia" - OBSERVADOR

Líderes mundiais discursam na Plataforma da Crimeia para deixar mensagem a Putin: "A Crimeia é parte da Ucrânia, não da Rússia" "Tudo começou com a Crimeia e tudo vai acabar com a Crimeia." Foi assim que Zelensky abriu as hostes da Plataforma da Crimeia, um evento organizado pela Ucrânia em que discursam líderes mundiais.
Olaf Scholz, Justin Trudeau, Boris Johnson, Emmanuel Macron, Mario Draghi, Charles Michel, Ursula von der Leyen. A lista de líderes mundiais é vasta, mas a Ucrânia conseguiu reuni-los, esta terça-feira, por videoconferência na Plataforma da Crimeia. As hostes foram abertas pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que “tudo começou com a Crimeia e tudo vai acabar com a Crimeia”, garantindo que a península vai voltar a ser controlada por forças afetas ao regime de Kiev. O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, foi o primeiro líder mundial a discursar. Acompanhado pelo chanceler alemão, que está numa visita oficial ao Canadá, o chefe do executivo canadiano assegurou que continuará a apoiar “a restauração da independência, integridade territorial e soberania da Ucrânia”. “A Crimeia é uma parte da Ucrânia, não da Rússia. O povo ucraniano tem o direito de se defender, incluindo na Crimeia”, disse Justin Trudeau. Desde Toronto, Olaf Scholz lamentou a “anexação ilegal da Crimeia” e garantiu que a “comunidade internacional nunca aceitará a anexação imperialista do território ucraniano” pela Rússia. Elogiando a coragem das forças ucranianas, o chanceler alemão assegurou que os aliados estão “mais unidos do que nunca” na defesa da Ucrânia. “Vamos continuar a fornecer armas”, afirmou Olaf Scholz. Numa mesa redonda em que estavam sentados — entre outros — Volodymyr Zelensky, Dmytro Kubela (ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano) e Andrej Duda (Presidente polaco), Boris Johnson também discursou — e foi uma presença inesperada, já que não constava no plano oficial. O primeiro-ministro britânico advertiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, pode invadir outro país europeu. “Vladimir Putin foi contra os princípios internacionais” quando invadiu a Crimeia, disse Boris Johnson, denunciando as violação dos Direitos Humanos por parte do regime russo. A Crimeia transformou-se num “campo armado” e a “plataforma de lançamento” para a invasão total da Ucrânia, lamentou o primeiro-ministro britânico, que acrescentou que Vladimir Putin está preparar mais “anexações e referendos ilegais”. “Nunca reconheceremos a independência da Crimeia.” O Presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos convidados para participar no evento, recordando que há oito anos “a Rússia anexou ilegalmente a Crimeia”, algo que não respeitou os princípios que regulam as relações internacionais. A anexação da penínsua teve “consequências humanitárias e energéticas”, enfatizou o chefe de Estado francês, que deixou uma mensagem ao Kremlin: “Gostava de apelar à Rússia para parar com a ação militar e tirar as forças do território ucraniano e usar todas as formas da diplomacia.” “Permitam-me reafirmar o meu respeito pela luta do povo ucraniano”, afirmou Emmanuel Macron, que garantiu o apoio de França — nesta “luta pela justiça” — à Ucrânia para “amanhã, depois de amanhã e depois disso”. Por Itália, o primeiro-ministro, Mario Draghi, fez promessa idênticas. Roma “vai continuar a apoiar a Ucrânia na luta para resistir à invasão russa”. O desencadear de uma guerra foi “inaceitável”, assim como a anexação da Crimeia pela Rússia. “A luta pela Crimeia é parte da luta para libertar a Ucrânia”, sublinhou, exortando a Rússia a “parar” com a ofensiva. Segundo o plano oficial, Portugal também discursará no evento pela voz de Helena Carreiras.

Sem comentários:

Enviar um comentário