Oficiais
Militares dizem que "não servem governos" após reunião em Belém
Rita Paz
07/11/13 08:50
Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) foi ontem a Belém transmitir a Cavaco as suas preocupações com a situação do País.
A AOFA foi ontem recebida pelo chefe da Casa Militar, a quem entregou um documento que visa sensibilizar o Presidente da República para a "evolução da situação em Portugal", disse ao Económico o presidente da Associação de Oficiais, Pereira Cracel.
"Como oficiais, não podemos ignorar os perigos que decorrem da quebra da coesão social. Como cidadãos e dirigentes associativos, impõe-se-nos o dever de constituirmos uma primeira linha na defesa de um patamar mínimo de dignidade", pode ler-se no documento que apela a Cavaco "para redobrar a atenção com que vai seguindo a crescente deterioração da situação" do país.
Entre perguntas sobre cortes nos salários, nas pensões, congelamento de progressões, redução de efectivos, problemas na saúde, os militares questionam se "a 'troika' não serviu de pretexto para alcançar objectivos previamente definidos de emagrecer as Forças Armadas" e expressam o seu incómodo com uma pergunta: "a que propósito são os estrangeiros a dar ordens numa vertente do Estado que tem a ver com a afirmação da soberania nacional?".
Ao Económico, Pereira Cracel frisa: "Nós, como militares, e ao serviço dos portugueses, não servimos governos, nem personalidades, servimos a nação". E "estas medidas só tornam mais vulneráveis as capacidades do país, caso este tenha de se afirmar".
Para o Coronel "não é admissível que numa área como as Forças Armadas os governantes se submetam de forma subserviente". "Cada país defende os seus interesses. Fazemos parte de uma Europa supostamente solidária, que se preocupa com o bem-estar de todos nós, mas numa altura em que o povo português está como está, a Europa não ajuda nada".
O presidente da AOFA critica ainda a "repetição de políticas que deixam o país cada vez pior" e sublinha que "aqueles que levaram o país à falência estão a salvo, mas deviam ser chamados a pagar pelo que fizeram".
"Os nossos governantes têm feito a entrega pura e dura de recursos que depois são explorados a seu belo prazer por outros, normalmente estrangeiros. Conclusão? Pretende-se deixar o país debilitado de forma a que os interessados possam apoderar-se de todos os recursos. E a seguir não vamos conseguir sair da desgraça", lamenta Pereira Cracel.
"Esta é a expressão máxima das políticas neoliberais, que só dão mau resultado, só satisfazem a agiotagem e entidades mais ou menos obscuras, que levam ao empobrecimento do país", salienta.
O responsável acrescentou ainda que os militares vão marcar novas reuniões para decidir formas de protesto contra as medidas de austeridade.
O LEÃO ESTAVA ADORMECIDO OU DROGADO, MAS ESTÁ A ACORDAR E COMEÇA A RUGIR!
ResponderEliminarDEUS NOS AJUDE AGORA MAIS DO QUE NUNCA.
É verdade, o Exército é o garante máximo do bem-estar duma Nação e o Presidente da República é o seu Chefe Máximo.Em 1974 passar dum regime governamental para um regime dito democrático foi fácil, até porque os bancos estavam cheios de dinheiro e havia ainda as reservas de ouro e Portugal ainda tinha apoio dos EUA e da Europa. Hoje se o Leão rugir, penso que não há dúvida, precisamos mesmo da intervenção Divina e de bons lideres interessados em servir o povo e não servirem-se do povo para os seus interesses egoístas e pessoais.
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