Democracia Directa I - São cada vez
mais os que ganham consciência de que a «Democracia Representativa» apenas
aproveita a um exército de chupistas a soldo das Sanguessugas que lhes estão
acima
De eleição para eleição o número de abstencionistas está a
aumentar. Isto, porque um número cada vez maior de pessoas já percebeu que os
«nossos representantes eleitos» são, afinal, representantes de outros
interesses onde o Dinheiro fala mais alto. Aliás, para que os «nossos
representantes» tenham alguma possibilidade de serem eleitos, é sinal de que já
foram comprados.
Os abstencionistas não são, ao contrário do que se diz, uns
alheados da política e das decisões que lhes ditam a vida, e que preferem ir
para a praia a cumprir o seu dever de cidadania. Alguns sê-lo-ão, mas a
esmagadora maioria é gente que deixou de acreditar nos «políticos» e na
«democracia representativa».
Os que votam na «democracia representativa», podem dividir-se nos
seguintes grupos:
1 – Os clubistas, que sempre votaram no partido A e continuarão a
votar nesse partido até morrerem, dê lá por onde der.
2 – Os que votam porque lhes foi ensinado que esse é um direito e
um dever do cidadão (e, portanto, acefalamente, vão votar).
3 - Os que acreditam ideologicamente nos líderes de determinado
partido, embora estes depois façam reiteradamente o contrário do que afirmaram
nas campanhas eleitorais.
4 – Gente que espera ganhar um tacho para ele, para o filho ou
para a sogra, com a vitória de determinado partido.
5 – Os que votam sempre útil – sempre no PS ou no PSD (porque os
outros pequenitos não têm hipótese). Durante quatro anos ficam lixados com o
governo PSD e nas eleições seguintes votam PS. E como têm a memória fraca,
durante os quatro anos seguintes ficam lixados com o governo PS e nas eleições
seguintes votam PSD. E agem assim ad aeternum, sem perceber que PS e PSD são
dois braços de um mesmo Polvo que, ora lhes estende um braço, ora lhes estende
outro.
Há quem, por contraponto à «democracia representativa», anseie por
um Homem Providencial, de queixo espetado, que iria meter tudo nos eixos. Olham
com nostalgia para o passado (como se este tivesse sido um paraíso) em vez de
olharem para o futuro. Encravados entre um presente corrupto e um passado que
idealizam (e que foi muitas vezes pior que o presente), esquecem as ferramentas
tecnológicas que a ciência nos vai fornecendo a ritmo acelerado.
Dantes, a informação só chegava às pessoas através dos Media –
televisões, jornais, livros e rádios (todos nas mãos dos Poderosos que os
utilizam para fazer passar a sua propaganda), e de um limitado círculo de
amigos ou de reuniões com colegas. Não havia alternativa.
Por outro lado, era impraticável, em sociedades com milhões de
indivíduos, recolher as opiniões destes sobre todos os assuntos, avaliá-las,
trocar ideias, debatê-las e tomar decisões com base nelas. Só um corpo
representativo que, de tempos a tempos, recolhesse os votos (informativamente
nulos) que supostamente traduziam a vontade popular poderia dar. É neste
sistema que assentam todas as «democracias» modernas.
Hoje, com a Internet, tudo está a mudar. Graças a ela, as pessoas
podem comunicar directamente umas com as outras, podem trocar ideias, aprender
directamente das fontes (não passando pelo crivo da censura e da propaganda
(das televisões, jornais, livros e rádios), ter acesso a informação mais
independente e fidedigna, e podem fazê-lo sempre que o quiserem. A Internet vai
ser a grande porta de entrada para a Democracia
Direta.
Sem comentários:
Enviar um comentário