Crónica
Nº 25
DESCRIÇÃO
EXTRAORDINÁRIA E DETALHADA, DE UM VULTO ÍMPAR DA HISTÓRIA MUNDIAL:
JESUS
CRISTO.
3ª
Edição revista e melhorada.
A
1ª edição foi publicada no Jornal “O Primeiro de Janeiro” do Porto, em 20.12.2011.
Há 83 anos, nas páginas de um quinzenário então existente,
“O Trofense” (Número 38, de 23.12.1928) veio inserido um documento histórico,
com quase 2000 anos, que foi depois transcrito no Jornal da Trofa de 19.12.
2008, pelo colaborador Costa Ferreira, com os seus comentários, conhecedor como
era de tais matérias, dada a sua formação.
Esse documento, tinha uma autenticidade garantida pelo
original existente em Roma, como afirmou o Jornal “La Defesa”, em cujas páginas
o documento foi publicado, e onde o foi recolher aquele quinzenário trofense.
O autógrafo dessa carta, pois trata-se de facto de uma
carta, encontra-se conservado na capital italiana, a comprovar, portanto, a sua
veracidade.
Trata-se duma carta de Pubblio Lentulo, Governador da
Judeia, antecessor de Pôncio Pilatos no Governo da Judeia, carta essa remetida
ao Imperador Romano, César, enviada de Jerusalém para Roma, cujo teor era o
seguinte:
“ Soube, ó César, que
desejavas ter conhecimento do que te passo a referir, isto é, que há aqui um
homem, chamado Jesus Cristo, a quem o povo proclama profeta e os discípulos
dele afirmam ser divino, Criador do céu e da terra e de tudo quanto neles se
encontra ou foi feito.
Efectivamente, ó César,
todos os dias chegam notícias das maravilhas desse Cristo; ressuscita mortos e
sara os doentes com a sua palavra. Homem de bela estatura e aspecto atraente, é
tão majestoso de porte que todos que o contemplam forçosamente se sentem
impelidos a amá-lo.
Tem o cabelo cor de noz
não bem madura e cai-lhe até às orelhas; e das orelhas até aos ombros é cor da
terra, mais brilhante todavia. O nariz e a boca não podem encontrar semelhantes
em mais ninguém. A barba é espessa, parecida ao cabelo, não muito longa e
repartida ao meio. O olhar profundo e grave e as pupilas parecem dois raios de
sol.
Ninguém pode fitar-lhe o
rosto porque deslumbra. Quando repreende, apavora; quando adverte, chora;
faz-se amar por todos e é alegre com gravidade.
Diz-se que ninguém o viu
rir, mas chora muitas vezes. Tem mãos e braços esbeltos.
Na conversação é amável
com todos, mas conversa pouco e sempre com extrema modéstia, sendo aliás o
homem mais belo que pode imaginar-se.
Parece-se muito com a
mãe, que é a mulher mais formosa que jamais por aqui se viu.
Ora, se tua majestade, ó
César, deseja vê-lo, como me escreveste nas outras cartas, avisa-me que eu
imediatamente to enviarei.
Ele enche de doutrina
toda a cidade de Jerusalém. Nunca estudou e sabe todas as ciências. Muitos o
escarnecem, mas, diante dele, ficam calados e a tremer.
Diz-se que nunca se viu
nem ouviu homem assim nestas regiões. Efectivamente, no dizer dos hebreus,
nunca em tempo algum se ouviram conselhos semelhantes, nem doutrina tão
grandiosa como a que ensina este Cristo; e muitos judeus o têm por divino e
crêem nele; e muitos o acusam a mim, dizendo, ó César, que ele é contrário à
tua majestade.
Eu sinto-me muito
apoquentado por estes maus hebreus. Diz-se que ele nunca fez mal a ninguém.
Mas, antes, bem a todos; e os que o conhecem e têm experimentado, afirmam que
dele só têm recebido benefícios e saúde.
De tua majestade
fidelíssimo, obedientíssimo, – Jerusalém, sétima indicação, lua undécima –
Pubblio Lentulo, Governador da Judeia.”
Reminiscências
– Recordemos datas do Cristianismo, da vivência de Jesus Cristo, e da
evolução do Império Romano, sintetizando uma publicação do Prof. Gilberto
Salomão-USP.
O Cristianismo surgiu na Palestina, região sob o domínio
romano desde 64 a.C. Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de
um Messias, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos os que
acreditassem nele. As circunstâncias em que JC, já adulto, teria surgido na
cidade de Jerusalém eram altamente explosivas.
A Palestina jamais se submetera totalmente ao domínio
romano, levando o Império a uma postura repressiva. Nesse clima politicamente
tenso, JC procurou exprimir uma mensagem baseada no amor ao próximo, no perdão
às ofensas e no desapego aos bens materiais. A sua pregação nada tinha de
política, mas JC era uma liderança que podia ofuscar o predomínio do Império, o
que o tornou um inimigo potencial para Roma. O Estado romano, aliava-se às
elites das áreas dominadas, e dessa forma a condenação a JC seria um acto de
simpatia para com as autoridades religiosas judaicas, que já o haviam repudiado
como blasfemo. Assim JC foi preso, sob a acusação de conspirar contra o
Império, torturado, condenado à morte, e crucificado no ano de 33, a mando do
procurador romano Pôncio Pilatos. É a partir da morte de JC que se criou toda a
tradição que gerou o Cristianismo. Ao longo dos 3 séculos seguintes, o Cristianismo
foi largamente perseguido no Império Romano, até à sua legalização, no reinado
de Constantino, em 313. Sua posterior oficialização foi, por Teodósio, em 390,
quando por meio do Edito de Tessalónica, tornou o Cristianismo a religião
oficial do Império, buscando assim exercer um controle sobre a crença cristã,
mas, dando ao Cristianismo um carácter oficial, utilizava a estrutura da Igreja
como instrumento organizativo do Império.
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