domingo, 16 de março de 2014

Crónica Nº 25 - Carta de um governador da Judeia a César, descrevendo JESUS CRISTO.


Crónica Nº 25
DESCRIÇÃO EXTRAORDINÁRIA E DETALHADA, DE UM VULTO ÍMPAR DA HISTÓRIA MUNDIAL:
JESUS CRISTO.
3ª Edição revista e melhorada.
A 1ª edição foi publicada no Jornal “O Primeiro de Janeiro” do Porto, em 20.12.2011.

 Por Henrique de Almeida Cayolla                            16.de Março 2014

Há 83 anos, nas páginas de um quinzenário então existente, “O Trofense” (Número 38, de 23.12.1928) veio inserido um documento histórico, com quase 2000 anos, que foi depois transcrito no Jornal da Trofa de 19.12. 2008, pelo colaborador Costa Ferreira, com os seus comentários, conhecedor como era de tais matérias, dada a sua formação.
Esse documento, tinha uma autenticidade garantida pelo original existente em Roma, como afirmou o Jornal “La Defesa”, em cujas páginas o documento foi publicado, e onde o foi recolher aquele quinzenário trofense.
O autógrafo dessa carta, pois trata-se de facto de uma carta, encontra-se conservado na capital italiana, a comprovar, portanto, a sua veracidade.

Trata-se duma carta de Pubblio Lentulo, Governador da Judeia, antecessor de Pôncio Pilatos no Governo da Judeia, carta essa remetida ao Imperador Romano, César, enviada de Jerusalém para Roma, cujo teor era o seguinte:


 “ Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que te passo a referir, isto é, que há aqui um homem, chamado Jesus Cristo, a quem o povo proclama profeta e os discípulos dele afirmam ser divino, Criador do céu e da terra e de tudo quanto neles se encontra ou foi feito.
Efectivamente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas desse Cristo; ressuscita mortos e sara os doentes com a sua palavra. Homem de bela estatura e aspecto atraente, é tão majestoso de porte que todos que o contemplam forçosamente se sentem impelidos a amá-lo.
Tem o cabelo cor de noz não bem madura e cai-lhe até às orelhas; e das orelhas até aos ombros é cor da terra, mais brilhante todavia. O nariz e a boca não podem encontrar semelhantes em mais ninguém. A barba é espessa, parecida ao cabelo, não muito longa e repartida ao meio. O olhar profundo e grave e as pupilas parecem dois raios de sol.
Ninguém pode fitar-lhe o rosto porque deslumbra. Quando repreende, apavora; quando adverte, chora; faz-se amar por todos e é alegre com gravidade.
Diz-se que ninguém o viu rir, mas chora muitas vezes. Tem mãos e braços esbeltos.
Na conversação é amável com todos, mas conversa pouco e sempre com extrema modéstia, sendo aliás o homem mais belo que pode imaginar-se.
Parece-se muito com a mãe, que é a mulher mais formosa que jamais por aqui se viu.
Ora, se tua majestade, ó César, deseja vê-lo, como me escreveste nas outras cartas, avisa-me que eu imediatamente to enviarei.
Ele enche de doutrina toda a cidade de Jerusalém. Nunca estudou e sabe todas as ciências. Muitos o escarnecem, mas, diante dele, ficam calados e a tremer.
Diz-se que nunca se viu nem ouviu homem assim nestas regiões. Efectivamente, no dizer dos hebreus, nunca em tempo algum se ouviram conselhos semelhantes, nem doutrina tão grandiosa como a que ensina este Cristo; e muitos judeus o têm por divino e crêem nele; e muitos o acusam a mim, dizendo, ó César, que ele é contrário à tua majestade.
Eu sinto-me muito apoquentado por estes maus hebreus. Diz-se que ele nunca fez mal a ninguém. Mas, antes, bem a todos; e os que o conhecem e têm experimentado, afirmam que dele só têm recebido benefícios e saúde.
De tua majestade fidelíssimo, obedientíssimo, – Jerusalém, sétima indicação, lua undécima – Pubblio Lentulo, Governador da Judeia.”

Reminiscências – Recordemos datas do Cristianismo, da vivência de Jesus Cristo, e da evolução do Império Romano, sintetizando uma publicação do Prof. Gilberto Salomão-USP.
O Cristianismo surgiu na Palestina, região sob o domínio romano desde 64 a.C. Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos os que acreditassem nele. As circunstâncias em que JC, já adulto, teria surgido na cidade de Jerusalém eram altamente explosivas.
A Palestina jamais se submetera totalmente ao domínio romano, levando o Império a uma postura repressiva. Nesse clima politicamente tenso, JC procurou exprimir uma mensagem baseada no amor ao próximo, no perdão às ofensas e no desapego aos bens materiais. A sua pregação nada tinha de política, mas JC era uma liderança que podia ofuscar o predomínio do Império, o que o tornou um inimigo potencial para Roma. O Estado romano, aliava-se às elites das áreas dominadas, e dessa forma a condenação a JC seria um acto de simpatia para com as autoridades religiosas judaicas, que já o haviam repudiado como blasfemo. Assim JC foi preso, sob a acusação de conspirar contra o Império, torturado, condenado à morte, e crucificado no ano de 33, a mando do procurador romano Pôncio Pilatos. É a partir da morte de JC que se criou toda a tradição que gerou o Cristianismo. Ao longo dos 3 séculos seguintes, o Cristianismo foi largamente perseguido no Império Romano, até à sua legalização, no reinado de Constantino, em 313. Sua posterior oficialização foi, por Teodósio, em 390, quando por meio do Edito de Tessalónica, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império, buscando assim exercer um controle sobre a crença cristã, mas, dando ao Cristianismo um carácter oficial, utilizava a estrutura da Igreja como instrumento organizativo do Império.



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