quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Marido rico: Pergunta que obteve uma resposta inspiradíssima



MARIDO RICO – Uma pergunta feita e uma resposta com muita classe. Ora confiram já:


Saiu numa edição do Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo).
Uma jovem mulher enviou um e-mail para o jornal a pedir dicas sobre "como
arranjar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da rapariga, foi a resposta do
editor do jornal que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito
bem fundamentada.

E-mail da rapariga:

"Sou uma mulher linda (maravilhosamente linda) de 25 anos.
Sou bem articulada e tenho classe.
Quero casar-me com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por
ano.
Há algum homem que ganhe 500 mil ou mais nesse jornal, ou alguma mulher
casada com alguém que ganhe isso e que me possa dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo
passar disso.
E 250 mil por ano não me vão permitir morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (do meu grupo de ioga) que casou com um banqueiro e vive
em Tribeca!
E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que é que ela fez que eu não fiz?
Qual a estratégia correcta?
Como chego ao nível dela?"

Raphaella S.


Resposta do editor do jornal:

"Li o seu pedido com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e
fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou a tomar
o seu tempo à toa...
Posto isto, considero os factos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que
procura), o que oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando o convencionalismo de lado, o que sugere é uma
negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com a beleza
física e eu entro com o dinheiro.
Mas há um problema.
Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar,
ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará a aumentar.
Assim, em termos económicos, você é um activo que sofre depreciação e eu sou
um activo que rende dividendos.
Você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva,
ou seja, sempre a aumentar!
Explicando melhor, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos
próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano.
E no futuro, quando se comparar com uma fotografia de hoje, verá que se
transformou num caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de
ser comprada.
Usando a terminologia de Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como
'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold'
(comprar e manter), que é para o que você  se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold')
consigo não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a ponderar é, namorar.
Sem ponderar...
Mas, já a ponderar e, para me certificar do quão "articulada, com classe e
maravilhosamente linda" você é, eu, na condição de provável futuro locatário
dessa "máquina", quero tão-somente o que é de praxe: fazer um 'test drive'
antes de fechar o negócio... podemos marcar?"


Philip Stephens, associate editor of the Financial Times – USA

Nota deste Blog:

Com a sempre amável colaboração do meu amigo Hugo Ribeiro






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