quarta-feira, 17 de abril de 2019

A DETENÇÃO DE JULIAN ASSANGE, fundador e redator chefe do WIKILEAKS. Nota: Um artigo muito esclarecedor do meu amigo Engº Gustavo Cudell. Leiam com atenção.

Gustavo Cudell <gustavo.cudell@cudell.pt>
seg, 15/04/2019 10:16
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Caro(a) Henrique Almeida Cayolla

Não escrevi nenhum artigo nos últimos meses, não porque não houvesse razões para o fazer, mas agora aconteceu algo que demonstrou que nos aproximamos a passos largos de uma ditadura fascista global. Foi a detenção de Julian Assange, fundador e redator chefe do Wikileaks. Foi ele que em 2010 com muita coragem publicou na internet na plataforma Wikileaks 250.000 documentos do ministério de negócios estrangeiro norte-americano como os EUA veem o mundo e em especial o envolvimento dos EUA na guerra do Afeganistão e do Iraque. 
 Refugiou-se na sequência destas revelações na embaixada do República do Equador em Londres onde vivia refugiado à quase 7 anos. Foi detido há alguns dias pela polícia britânica e arrisca a extradição para os EUA onde é acusado de alta traição.
Só foi possível esta mudança de atitude do Equador porque a 2 de Abril de 2019 ganhou as eleições presidenciais no equador Lenin Moreno que ao contrário do que tinha prometido na campanha eleitoral em troca de ajuda financeira por parte do FMI para a Republica do Equador no valor de 4,2 mil milhões de USD muda de atitude do Equador e possibilita a retirada da nacionalidade equatoriana a Julian Assange, que já tinha estado mais de 5 anos em território da Republica do Equador (a embaixada em Londres é território equatoriano). Os EUA querem com isto conseguir três coisas:
  • o isolamento regional da Venezuela (interesse petróleo)
  • o arquivamento do processo contra a empresa petrolífera norte americana Chevron – Texaco – acusada de derramamento de petróleo nos anos 90 no Golfo do México
  • o fim do asilo político de Julian Assange, permitindo as autoridades britânicas para o extraditar para os EUA.
Penso que esta ação quebra as mais elementares regras do direito internacional privado e entre estados. A partir do dia da extradição de Julian Assange para os EUA todos os editores chefe os média internacionais tem um problema grave pois eles publicaram as informações provenientes do Wikileaks nos próprios média. Assim por exemplo pode ocorrer aos editores chefe do New York Times, do Washinton Post, do espanhol El Pais, do britânico Gardian, do australiano Sidney Morning Herald e do alemão Der Spiegel e muitos outros que se aproveitaram na altura em 2010 e publicaram e tornaram conhecidos os documentos que antes publicara Julian Assange no Wikileaks, isto para aumentarem as tiragens dos seus jornais e ganharem mais dinheiro.
Hoje tomam cobardemente a posição contrária e intitulam Julian Assange de traidor / denunciante de “segredos de Estado”.
A história demonstra o que pode acontecer!
Como veio Adolf Hitler ao poder e como ele se tornou um ditador brutal? Porque os média alemãs não tiveram coragem e se calarem e praticamente ninguém se insurgiu contra Hitler.  O pior foi a “Inteligenzia” alemã ou seja a camada de inteligência que deveria ter sabido melhor ou tinha acesso a informações privilegiadas eles mantiveram-se calados e permitiram a tomada de poder. A mesma coisa acontece hoje. A esmagadora maioria da sociedade no Ocidente cala-se, não põe perguntas, é submissa e acredita em tudo o que lhe é contado nas notícias. Aquele que lhe relata e lhe apresenta os crimes estatais é o mau e não o prevaricador. Eles metem a cabeça na areia e são uma massa sem vontade como dantes nos anos 30 e 40 do seculo passado. Não aprenderam nada com o que se passou.
Fico especialmente triste com este acontecimento. As pessoas em geral fazem de conta que não sabem ou ignoram o assunto. Na psicologia social este comportamento é chamado “dissonância cognitiva” ou vulgo “meter a cabeça na areia como uma avestruz”.
De notar que se três personalidades do nosso regime em Portugal vão dizer algo sobre o assunto, as duas primeiras normalmente bastante comunicativas e que ao mais pequeno acontecimento vem a publico com afetos, beijinhos e selfies. Eles são:
  • Marcelo Rebelo de Sousa – Presidente da República
  • António Costa – Primeiro Ministro
  • Eduardo Ferro Rodrigues – Presidente da Assembleia da República
Todos os três participaram nas reuniões e fazem parte do Clube Bilderberg.
Muito provavelmente eles se irão comportar como editores chefe enunciados.
Se este artigo despertou o seu interesse ou se se identifica com ele, então envie este email aos seus amigos e colegas da família, do trabalho, seus amigos e vizinhos. Amanhã pode ser tarde!


Um abraço amigo,
Gustavo Cudell

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