segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Desesperados que nos dão esperança

Desesperados que nos dão esperança: "Há pessoas que têm de contar quantas batatas vão comprar, quantos medicamentos compram ou não. Pessoas que não tomam o pequeno-almoço para dar aos filhos e que, se almoçam, não jantam". O relato foi feito ao JN, durante o protesto denominado Vida Justa, por um dos participantes. A pobreza, tradicionalmente escondida e envergonhada, começa a sair à rua. Estes cidadãos não reclamam mais salário, menos horas de trabalho ou a diminuição da idade da reforma. Pedem o elementar: salários mais justos. O básico, o que muitos portugueses, apesar de não serem ricos, não conseguem alcançar. Querem poder comer e alimentar os filhos. Um direito, dir-se-ia, anacrónico, na abastada sociedade de consumo do século XXI.

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