quarta-feira, 17 de agosto de 2022
O que se sabe sobre o 175.º dia de conflito da Ucrânia - OBSERVADOR
O que se sabe sobre o 175.º dia de conflito da Ucrânia
Várias localidades ucranianas foram atacadas durante a noite e manhã, provocando vários mortos e feridos. Autoproclamado líder da região ocupada de Donestk quer cooperar com Coreia do Norte.
Rita Cipriano
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Passaram 175 dias desde que começou a invasão russa da Ucrânia. A noite e manhã desta terça-feira, 17 de agosto, ficaram marcadas por vários ataques em diferentes zonas da Ucrânia. Em Donetsk, duas pessoas morreram e sete ficaram feridas, incluindo uma criança. Em Mykolaiv, a universidade ficou gravemente danificada e três pessoas ficaram feridas.
Depois de as autoridades ucranianas e russas terem confirmado a destruição de um depósito de armamento e outras infraestruturas na Crimeira, que é dominada pelos russos desde 2014, o Ministério da Defesa britânico alertou que é provável que a região se torne uma preocupação para a Rússia, uma vez que a sua segurança se encontra aparentemente comprometida.
Durante a manhã, foi ainda notícia que a Rússia estará a realizar ações de recrutamento junto dos países vizinhos com o objetivo de formar novas reservas. A informação, divulgada pelo Ministério da Defesa da Ucrânia, vai de encontro às declarações do ministro da Defesa ucraniano à Voice of America: de acordo com Oleksiy Reznikov, a Rússia perdeu força de combate, o que poderá levar a uma redução da intensidade do conflito.
O que aconteceu durante a manhã
O autoproclamado líder da região ocupada de Donestk revelou que será desenvolvida uma “cooperação bilateral benéfica” com a Correia do Norte. Numa carta enviada a Kim Jong-un a propósito do dia da independência da Coreia do Norte, a 15 de agosto, Denis Pushilin comparou a situação da Ucrânia com a da Coreia do Norte, que também teve de lutar pela sua “independência”.
Mais quatro navios carregados de cereais terão saído dos portos ucranianos, segundo o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, citado pela Reuters. Os navios transportam farinha de girassol, óleo de girassol e milho e saíram dos portos de Odessa e Chornomorsk.
A universidade de Mykolaiv foi bombardeada durante a noite pelas forças russas. O ataque provocou três feridos e danificou várias áreas do campus universitário, informou um porta-voz da região de Odessa.
Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas, incluindo uma criança, durante um ataque russo nas comunidades de Avdiivka e Zaitseve, em Donetsk.
O vice-presidente do conselho regional de Kherson denunciou o rapto da autarca de Verkhnyo Rogachytsk. Segundo a informação divulgada por Yuri Sobolevsky na rede social Telegrama, Svitlana Ivanivna foi levada de sua casa pelas 11h desta terça-feira. Desconhece-se o seu paradeiro.
O Ministério da Defesa do Reino Unido alertou para um aumento da preocupação por parte da Rússia sobre a segurança na zona da Crimeia na sequência da destruição de um depósito de munições, confirmado esta segunda-feira por oficiais russos e ucranianos.
A Rússia estará a desenvolver ações de recrutamento em países vizinhos, como Uzbequistão, Tajiquistão e Quirguistão, com o objetivo de formar novas reservas. O Ministério da Defesa da Ucrânia explicou as ações com a falta de cidadãos dispostos a lutar em território ucraniano.
Em entrevista à rádio Voice of America, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, disse que o exército russo perdeu força de combate, o que poderá levar a uma diminuição da intensidade do conflito.
Os números mais recentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia revelam que mais de 44 mil soldados russos morreram desde o início da guerra, a 24 de fevereiro.
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