sábado, 20 de agosto de 2022

Zaporíjia. Verão pode ficar na história como um dos "mais trágicos", diz Zelensky - OBSERVADOR

Zaporíjia. Verão pode ficar na história como um dos "mais trágicos", diz Zelensky O chefe de Estado ucraniano adianta que estão a ser acertados os detalhes para uma missão à central nuclear de Zaporíjia, o que vai permitir restaurar a segurança na região. Adriana Alves 20 ago 2022, 00:50 1 ▲Zelensky alertou para a situação na central nuclear de Zaporíjia, que tem sido alvo de vários ataques O Presidente da Ucrânia disse esta sexta-feira que, caso a “chantagem russa” de radiação continue, este verão pode ficar na história de vários países europeus como “um dos mais trágicos de todos os tempos”. “Nenhumas instruções em nenhuma central nuclear no mundo preveem um procedimento no caso de um estado terrorista transformar uma central num alvo”, afirmou Volodymyr Zelensky no discurso diário O chefe de Estado ucraniano adiantou que os diplomatas do país, os seus parceiros e os representantes das Nações Unidas e da Agência Internacional de Energia Atómica estão a acertar os detalhes da missão que será enviada ao complexo de Zaporíjia. “Com esta missão, a restauração da segurança da central nuclear de Zaporíjia e Enerhodar pode começar“, sublinhou. A situação na central nuclear ucraniana foi um dos temas em destaque durante esta semana e também do encontro de Zelensky com o Presidente da Turquia e o secretário-geral das Nações Unidas. Na quinta-feira, os três líderes estiveram reunidos e apelaram às tropas russas para abandonarem o complexo e desmilitarizem a zona, devido ao risco de um desastre nuclear No caso de um desastre na central a contaminação radioativa poderia viajar do sul da Ucrânia até à Europa central. Um modelo do Instituto Hidrometeorológico da Ucrânia indica que poderia afetar nomeadamente a Bielorrússia, os países Bálticos, a Polónia, a Hungria e a Roménia. Com a presença das forças russas no complexo, têm-se repetido os apelos de uma inspeção da Agência Internacional de Energia Atómica – que pertence às Nações Unidas – à região. Esta sexta-feira ficou marcada por um passo nesse sentido. Numa conversa telefónica, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o homólogo francês, Emmanuel Macron, concordaram em enviar uma equipa de especialistas ao complexo. Segundo a Reuters, Putin terá dito que os bombardeamentos na central, cuja culpa atribuiu à Ucrânia, criaram o risco de uma “catástrofe de larga escala”. Desde o início dos ataques que Moscovo e Kiev têm trocado acusações sobre a autoria dos bombardeamentos.

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