Carrascos
No cenário normal do Parlamento
Esteve muito mal, esteve, esteve,
Quando, arrogante, do seu alto assento
Chamou carrascos a quem menos deve.
A dama de cabelo cor de neve
Ganhou olhar de fogo em tal momento
E despejou a fúria nada leve
Naqueles que reclamam por sustento.
O que falta em cabelo em língua sobra,
Nem sempre a pior língua é de cobra,
Maior veneno têm palavras vis,
Pois, citando Simone de Beauvoir,
Chamou carrasco ao povo. É de pasmar!
Simone referia-se aos nazis!
Lisboa, Julho 2013
Lauro Portugal
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarConcebido e escrito por quem sabe tratar a língua portuguesa!
ResponderEliminar