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Portugueses vão pagar rescisões da RTP
03-02-2014, por Sónia Dias/
Taxa audiovisual financia saída de trabalhadores e serviço internacional
A polémica em torno da RTP não acaba. Agora foi a vez de Poiares Maduro admitir que aumentou a Contribuição Audiovisual (CAV), que os portugueses pagam todos os meses na factura da electricidade, para financiar as rescisões na estação pública e reforçar o serviço internacional.
"A empresa [RTP] teve dificuldade na obtenção de financiamento bancário para a reestruturação e diminuição de recursos humanos. Tivemos de compensar", disse o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, ontem, ao ‘Público'.
Sobre o reforço do serviço internacional, que está fora do alcance dos portugueses que pagam a CAV, o ministro justifica com a "importância estratégica" que este representa para o País, na medida em que "promove empresas, agentes culturais e emprego".
Em 2013, saíram da RTP 220 trabalhadores. A estação ofereceu as mesmas condições que em 2011: 1,35 salários por ano de casa, com um tecto de 150 mil euros. Na altura, saíram 180 trabalhadores, com um custo global de quase 11,7 milhões, ou seja, cerca de 69 900 euros por rescisão. Assim, em 2013, o custo foi de 14,3 milhões, o que dá um total de 26 milhões de euros em indemnizações desde 2011.
A polémica em torno da RTP não acaba. Agora foi a vez de Poiares Maduro admitir que aumentou a Contribuição Audiovisual (CAV), que os portugueses pagam todos os meses na factura da electricidade, para financiar as rescisões na estação pública e reforçar o serviço internacional.
"A empresa [RTP] teve dificuldade na obtenção de financiamento bancário para a reestruturação e diminuição de recursos humanos. Tivemos de compensar", disse o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, ontem, ao ‘Público'.
Sobre o reforço do serviço internacional, que está fora do alcance dos portugueses que pagam a CAV, o ministro justifica com a "importância estratégica" que este representa para o País, na medida em que "promove empresas, agentes culturais e emprego".
Em 2013, saíram da RTP 220 trabalhadores. A estação ofereceu as mesmas condições que em 2011: 1,35 salários por ano de casa, com um tecto de 150 mil euros. Na altura, saíram 180 trabalhadores, com um custo global de quase 11,7 milhões, ou seja, cerca de 69 900 euros por rescisão. Assim, em 2013, o custo foi de 14,3 milhões, o que dá um total de 26 milhões de euros em indemnizações desde 2011.
Apesar de o presidente da RTP, Alberto da Ponte, não prever mais rescisões, Poiares Maduro, que sempre defendeu que a empresa tem excesso de recursos humanos, recorda que o conselho de administração terá de atingir os seus objectivos financeiros "e será avaliado de acordo com o seu cumprimento.
Comentários
3 de Fevereiro 2014 - 09:52
Luis Filipe JesusPartilhar
Taxa audiovisual financia saída de trabalhadores, e paga também os salários exorbitantes dos que lá ficam. Acho que deveriam acrescentar esse "pequeno" pormenor... Já não basta a eletricidade estar caríssima, e ainda temos que pagar salários desses! Como se fossem alguns "lordes"...! Pusessem mas é todos os que lá trabalham, mais ou menos ao mesmo 'nível', e nem haveria despedimentos, nem teríamos que pagar tanto! Mas como sempre... PAGA ZÉ POVINHO!
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