PORTUGAL GLORIOSO
12 Fevereiro 2014
Os suíços pregaram-nos um pontapé!
Já não há queijo suíçoOs suíços pregaram-nos um pontapé.
No domingo aprovaram a imposição de limites à entrada de cidadãos dos 28, à semelhança do que já fazem a cidadãos de outros países.
Ontem, a UE acordou chocada por ter sido comparada ao Magrebe.
Este referendo mandou à fava o referendo sobre a integração no Espaço Schengen.
Os suíços de 2014 estão preocupados com o aumento de emigrantes, o ‘dumping salarial’ e o ataque ao queijo dos apoios sociais.
Por isso, vingou o ‘Contra a Imigração Em Massa’ da direita nacionalista – vingou à tangente mas vingou. O politólogo Jean-Yves Camus escreveu no ‘Liberátion’ que "o egoísmo económico é a principal componente deste voto". Preferimos o que disse o eurodeputado Carlos Coelho: "A participação no mercado único não permite uma escolha ‘à la carte’. Os suíços têm de perceber que as quatro liberdades – de circulação de pessoas, de bens, de capital e de serviços – são indissociáveis".
Nesta União sem dinheiro, onde todos ralham e ninguém tem razão, o exemplo suíço servirá à propaganda nas próximas eleições europeias.
É o problema dos referendos, gostamos tanto deles que às vezes não gostamos nada.
Por Fernanda CachãoPS- A taxa de desemprego entre os suíços têm-se mantido relativamente constante, de 2,1% em 2013 a 2,4% em Janeiro de 2014 por isso fico com uma dúvida muito grande que é:
Que suíço irá pendurado no camião do lixo para fazer a recolha do mesmo?
Que suíço fará de pedreiro, canalizador, electricista, carpinteiro, desentupidor de esgotos, etc, etc…?
Que suíça se tornará do dia para a noite, em camareira de hotel, empregada doméstica, ou empregada de condomínio para lavagem de escadas?
Que suíço envergará a farda Camarária e de vassoura na mão, venham a fazer limpeza aos imaculados passeios?
Sei por conhecimento próprio que, existem portugueses na suíça com formação académica superior, mas a maioria pertence a prestação de serviços atrás descritos.
Será curioso estar atento ao que se vai passar.
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