terça-feira, 22 de outubro de 2013

António Mourão partiu aos 78 anos! Oh, como seria bom que pudesse ser verdade " Ó Tempo Volta Para Trás".

Amigos recordam António Mourão, fadista falecido este fim de semana

A voz de "Ó Tempo Volta Para Trás" partiu aos 78 anos. Madalena Iglésias e António Chainho recordam a sua obra.

Morreu, na madrugada do passado sábado, 19 de outubro 2013, o fadista António Mourão.

O cantor português tinha 78 anos e ficara conhecido pela interpretação do tema "Ó Tempo Volta Para Trás".
António Mourão, cujo verdadeiro nome era António Manuel Dias Pequerrucho, faleceu, de causas desconhecidas, na Casa do Artista, em Lisboa, deixando ordens para que a sua morte fosse tratada com a máxima discrição.

Nascido em 1935, no Montijo, Mourão começou a cantar quando cumpria o serviço militar obrigatório, passando depois a frequentar várias casas de fado da capital, acabando por ser contratado para a Parreirinha de Alfama, casa gerida por Argentina Santos.

A notoriedade chegaria com a participação no espetáculo de revista E Viva o Velho, em 1965, onde António Mourão cantou "Ó Tempo Volta Para Trás" (letra de Manuel Paião e música de Eduardo Damas). O intérprete era também autor e chegou a atuar para as comunidades portuguesas, nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Venezuela, África do Sul, França e Alemanha.



Retirado da vida artística desde o início dos anos 90, António Mourão era, de acordo com a amiga Madalena Iglésias, "um rapaz de muitas possibilidades, muito bom cantor, muito boa pessoa, muito amigo do seu amigo; só espero que as pessoas respeitem a sua memória e que na terra onde nasceu, ou noutra cidade ou vila, façam perdurar a sua memória, atribuindo-lhe, pelo menos, o nome de uma rua", disse à Lusa a cantora.

A intérprete de "Ele e Ela" lamentou ainda que "o ser humano extraordinário que António Mourão era tenha morrido na solidão".

Por seu turno, o guitarrista António Chainho lembra que Mourão "tinha um vozeirão, e era uma pessoa e artista extraordinário, mas foi mal compreendido em Portugal, depois do 25 de Abril, por não se ter conseguido entender que, ter êxito antes, não significava que concordasse com o regime".

Chainho sublinhou, em declarações à Lusa, ainda o "profissionalismo" e a "entrega incrível do cantor nos palcos", que "contrastavam com a personalidade tímida e súper reservada, que mantinha como pessoa".




Ler mais: http://blitz.sapo.pt/amigos-recordam-antonio-mourao-fadista-falecido-este-fim-de-semana=f89307#ixzz2iUXH2GkG

Sem comentários:

Enviar um comentário