sábado, 18 de janeiro de 2014

De Jornal de Angola - Relações entre Portugal e Angola


Ultrapassadas “crispações” com Lisboa

Garrido Fragoso
18 de Janeiro, 2014
Fotografia: João Gomes
O embaixador de Portugal, João da Câmara, assegurou ontem estarem ultrapassadas as crispações que existiam nas relações entre os dois países.
“A situação está normalizada. Desenvolvemos com Angola relações de amizade e cooperação normais, a todos os níveis e domínios”, afirmou o diplomata português à imprensa, no final do encontro com o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, na sede da diplomacia angolana.
João da Câmara disse que ao longo de 2014 os dois Estados devem fazer tudo para incrementar as relações de amizade e cooperação com bom espírito, tendo considerado Angola como dos parceiros mundiais mais importantes de Portugal.
O diplomata luso disse ter concluído com o chefe da diplomacia angolana que os dois países manifestam vontade de traduzir em benefícios concretos o seu relacionamento “muito intenso e diversificado”.
Em relação à cimeira Portugal-Angola, João da Câmara disse que “não é de todo indispensável”. Destacou que os dois países podem muito bem desenvolver um relacionamento normal, como o que sempre vigorou e com grandes sucessos.
“Continuamos a manter relações fortíssimas com Angola, mesmo sem nunca se ter realizado uma cimeira”, afirmou o embaixador, que não descartou a sua realização, que em sua opinião nunca teve uma data fixada para a sua efectivação.  
O diplomata considerou “vários e diversificados” os desafios que se colocam na relação entre os dois países, apesar de reconhecer os percalços que sempre existiram nas relações bilaterais, acrescentando que o mais importante é que houve sempre vontade das autoridades angolanas e portuguesas de ultrapassar os obstáculos e construir uma relação exemplar com benefícios mútuos.
João da Câmara disse esperar que ao longo deste ano Angola e Portugal consigam ultrapassar todos os obstáculos que eventualmente se venham a opor nas relações entre os dois países e que continuem a conservar tudo o que de bom foi realizado até ao momento.
Recentemente, em Lisboa, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, disse haver  “uma nova esperança”, depois de “momentos difíceis em resultado da guerra”

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