segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Líder da ONU exige fim de ataques "suicidas" a centrais nucleares - OBSERVADOR

A seguir Ucrânia. Líder da ONU exige fim de ataques "suicidas" a centrais nucleares O secretário-geral da ONU apelidou qualquer ataque a centrais nucleares como "suicida" e pediu a suspensão das operações militares junto de Zaporijia. Países estão "a brincar com uma arma carregada". ▲Numa conferência de imprensa em Tóquio, António Guterres sublinhou que "qualquer ataque a centrais nucleares é algo suicida" O secretário-geral da ONU apelidou esta segunda-feira qualquer ataque a centrais nucleares como “suicida” e pediu a suspensão das operações militares junto de Zaporijia e a abertura da central ucraniana à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Numa conferência de imprensa em Tóquio, António Guterres sublinhou que “qualquer ataque a centrais nucleares é algo suicida”. Espero que esses ataques acabem. Ao mesmo tempo, espero que a AIEA consiga aceder à central” de Zaporijia, acrescentou. As autoridades ucranianas acusaram, na sexta-feira, as forças russas de realizar três ataques perto de um reator de Zaporijia, embora Moscovo controle este território desde o início da ofensiva. Por sua vez, o exército russo afirmou que as forças ucranianas estão na origem desses ataques, que provocaram um incêndio que foi extinto. Um dos reatores da central nuclear foi fechado, anunciou a empresa de energia atómica ucraniana no sábado, após os ataques. Kiev garante que o exército russo armazena armas pesadas e munições no interior do complexo nuclear. A AIEA considerou, no sábado, “cada vez mais alarmantes” as informações sobre a central de Zaporijia. Também no sábado, Guterres tinha dito em Hiroshima que a humanidade está “a brincar com uma arma carregada” nas atuais crises nucleares, num discurso no 77.º aniversário do bombardeamento atómico dos EUA no Japão. Esta segunda-feira, Guterres referiu-se ainda à tensão em torno de Taiwan, onde o exército chinês acaba de realizar exercícios militares, considerando que era “uma questão sensível” e pedindo “contenção” e “redução da escalada”. É extremamente importante nos próximos dias”, disse o líder da ONU. A China lançou as manobras depois de uma visita na semana passada à ilha da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi. Pequim considera Taiwan — uma ilha autónoma de 23 milhões de pessoas — como parte integrante do seu território.

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