quinta-feira, 18 de agosto de 2022
O Exército russo deve retirar-se do território da central nuclear e de todas as áreas vizinhas - OBSERVADOR
Zelensky exige retirada "rápida" e "incondicional" das forças russas da central nuclear de Zaporíjia
Zelensky exigiu a retirada "incondicional e o mais rápido possível" do Exército russo da central nuclear de Zaporíjia. A Ucrânia quer enviar a missão da ONU para a central com "muita rapidez".
▲Zelensky diz que os "combates mais difíceis" decorrem nas regiões de Avdiyivka e Bakhmut e em Kharkiv
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exigiu esta quarta-feira a retirada “incondicional e o mais rápido possível” do Exército russo da central nuclear de Zaporíjia, que permita um regresso gradual da segurança ucraniana e internacional.
O chefe de Estado ucraniano lembrou que diplomatas ucranianos, cientistas nucleares e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) estão em “constante contacto” para enviar a missão da agência da ONU para a maior central nuclear da Europa.
Apenas a transparência absoluta e uma situação controlada dentro e ao redor da central nuclear “podem garantir um regresso gradual à segurança nuclear normal para o Estado ucraniano, para a comunidade internacional e para a AIEA”, realçou Zelensky, na habitual mensagem de vídeo noturna diária dirigida à nação.
O Exército russo deve retirar-se do território da central nuclear e de todas as áreas vizinhas, e retirar o seu equipamento militar da central. Isto deve acontecer incondicionalmente e o mais rápido possível”, exigiu o governante.
A Ucrânia está preparada para garantir o controlo adequado à AIEA, para que a missão correspondente “possa ser enviada à fábrica de Zaporíjia de forma legal, com muita rapidez e eficiência”, acrescentou Zelensky.
No seu discurso, o líder ucraniano lembrou a chegada do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, à cidade ucraniana de Lviv, onde se encontrará na quinta-feira com Zelensky, e com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O diplomata português planeia realizar um encontro bilateral com o Presidente ucraniano, no qual deverá abordar o estado geral do conflito, a necessidade de uma solução política e outras questões, como a situação na central nuclear de Zaporijia e as tentativas de envio de uma missão de especialistas internacionais para avaliá-la no terreno, disse o porta-voz de António Guterres.
Sobre os combates contra as forças russas, o Presidente da Ucrânia referiu ainda que os “combates mais difíceis” decorrem nas regiões de Avdiyivka e Bakhmut e em Kharkiv, entre outras.
Zelensky sublinhou que na região de Zaporíjia, e algumas zonas do sul do país, “os ocupantes estão a tentar melhorar a sua situação”, embora considere que estas ações são “estrategicamente inúteis” para as forças russas.
Os soldados ucranianos irão “destruir o potencial dos ocupantes passo a passo, e chegará o dia em que o inimigo morrerá em Zaporijia, no sul, no leste do país e na Crimeia”, frisou.
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