domingo, 7 de agosto de 2022

Amnistia Internacional lamenta "angústia e raiva" causadas por relatório da Ucrânia - OBSERVADOR -

Amnistia Internacional lamenta "angústia e raiva" causadas por relatório da Ucrânia A organização refere que "o único objetivo" ao divulgar o relatório sobre a Ucrânia foi de "garantir que os civis sejam protegidos" e mantém totalmente o que consta no documento divulgad0 ▲O relatório irritou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou a instituição de "transferir responsabilidade do agressor para a vítima" A Amnistia Internacional pediu desculpas, este domingo, pela “angústia e raiva” causadas pelo relatório onde acusa as autoridades ucranianas de colocar em risco a população civil. A Amnistia Internacional lamenta profundamente a angústia e a raiva causadas pelo nosso comunicado de imprensa sobre as táticas de combate do exército ucraniano”, escreveu a ONG, num e-mail à Reuters. A ONG referiu que a sua prioridade no conflito, entre a Rússia e Ucrânia, bem como em qualquer outro, é “garantir que os civis sejam protegidos”. Apontou ainda que esse foi “o único objetivo” ao divulgar o relatório e que “mantém totalmente as descobertas, lamentando a dor causada”. O documento irritou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou a instituição de “transferir responsabilidade do agressor para a vítima“, no seu discurso diário de quinta-feira. Vimos esta quinta-feira um relatório da Amnistia Internacional, que infelizmente, tenta amnistiar o Estado terrorista e transferir a responsabilidade do agressor para a vítima. Não pode haver — mesmo hipoteticamente — qualquer condição sob a qual qualquer ataque russo à Ucrânia se justifique. A agressão contra nosso Estado é provocada, invasiva e abertamente terrorista. E se alguém fizer uma denúncia em que a vítima e o agressor supostamente são iguais em alguma coisa, (…) isso não pode ser tolerado”, afirmou. O relatório levou ainda à demissão de Oksana Pokalchuk, a líder Amnistia Internacional na Ucrânia, que fez o anúncio via Facebook. Pokalchuk afirmou que teve algumas reuniões com a organização para discutir o que seria divulgado, mas que a sua sugestão foi “apagada” e substituída pelo que a organização acabou por publicar na quinta-feira. No email, enviado este domingo à Reuters, a Amnistia referiu que encontrou forças ucranianas próximas a residências civis, em 19 cidades e vilarejos que visitou, expondo-as ao risco de ataques russos.

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